25/11/2021 - 17:00 - 18:10 COC 77 - SITUAÇÃO DE SAÚDE DA POPULAÇÃO LGBTQIA |
32939 - TESTAGEM PRÉVIA PARA HIV EM MULHERES TRANSGÊNERAS EM GOIÂNIA, BRASIL CENTRAL. GRAZIELLE ROSA DA COSTA E SILVA - UFG, BRUNNA RODRIGUES DE OLIVEIRA - UFG, CARLA DE ALMEIDA SILVA - UFG, GABRIEL FRANCISCO DA SILVA FILHO - UFG, JHENNIFER BUENO PEREIRA DE SOUZA - UFG, KAMILA CARDOSO DOS SANTOS - UFG, KARLLA ANTONIETA AMORIM CAETANO - UFG, LAIS ROSA CAMPOS - UFG, LARA LIMA PEREIRA DA CUNHA - UFG, LARISSA SILVA MAGALHÃES - UFG, LEONORA REZENDE PACHECO - UFG, JULIANA BURGO GODOI ALVES - UFG, LUCIENE CARNEIRO MORAES - UFG, LUCILA PESSUTI FERRI - UFG, LUANA ROCHA DA CUNHA ROSA - UFG, MAYARA MARIA SOUZA DE ALMEIDA - UFG, MEGMAR APARECIDA DOS SANTOS CARNEIRO - UFG, PAULIE MARCELLY RIBEIRO DOS SANTOS - UFG, PRISCILLA DOS SANTOS JUNQUEIRA NUNES - UFG, SHEILA ARAÚJO TELES - UFG, TAINÁ ROSA TAVARES - UFG, THAYNARA LORRANE SILVA MARTINS - UFG, WINNY ÉVENY ALVES MOURA - UFG
Objetivos: Estimar a prevalência e avaliar potenciais dificultadores da testagem prévia para o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) em mulheres transgêneras em Goiás, Região Centro-Oeste do Brasil. Métodos: Estudo de corte transversal, analítico. Realizado de abril de 2018 a novembro de 2019 em mulheres transgêneras de três cidades de Goiás: Goiânia, Jataí e Itumbiara. O recrutamento foi realizado pelo método Respondent Driven Sampling (RDS). Oito mulheres transgêneras, denominadas “sementes”, foram convidadas intencionalmente para participar do estudo e iniciar as ondas recrutadoras. As participantes foram entrevistadas sobre testagem prévia, características sociodemográficas, comportamentos e vulnerabilidades sociais. Considerou-se como variável de desfecho testagem prévia para HIV. Realizou-se análise pelo Programa SPSS 23 e RDSAT 7.1.46. Resultados: Ao todo 432 mulheres transgêneras foram recrutadas pelas oito “sementes’. Estimou-se uma prevalência de testagem prévia de 85,5% (IC 95%: 0,76-0,91) e 15,7% (IC 95%: 8,4-30,7) relataram resultado positivo para HIV. Verificou-se uma proporção menor de testagem para HIV em mulheres mais jovens, com melhor escolaridade (> 9 anos de estudo), que referiram > 30 parcerias sexuais na última semana, uso de drogas ilícitas não injetáveis e sem antecedentes de IST (p < 0.05). Conclusão: Os achados revelam que o primeiro 90 da meta da Organização Mundial de Saúde de eliminar o HIV como problema mundial de saúde pública foi praticamente alcançado em mulheres transgêneras em Goiás. Entretanto, fatores como juventude, multiplicidade de parcerias e uso de drogas parecem dificultar o pleno alcance desta meta e merecem investimentos dos profissionais de saúde em medidas preventivas para essa população.
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