25/11/2021 - 17:00 - 18:10 COC 77 - SITUAÇÃO DE SAÚDE DA POPULAÇÃO LGBTQIA |
36572 - PERCEPÇÃO DE RISCO AO HIV E ACEITABILIDADE DA PREP ENTRE HOMENS QUE FAZEM SEXO COM HOMENS FABIANE SOARES - ISC/UFBA, LAIO MAGNO - UNEB, LUÍS AUGUSTO VASCONCELOS DA SILVA - IHAC/UFBA, MARK DREW CROSLAND GUIMARÃES - UFMG, ANDREA FACHEL LEAL - UFRGS, DANIELA KNAUTH - UFRGS, MARIA AMÉLIA VERAS - FCMSCSP, ANA MARIA DE BRITO - FIOCRUZ-PE, CARL KENDALL - SPHTM/TULANE UNIVERSITY, LÍGIA KERR - UFCE, INÊS DOURADO - ISC/UFBA
Introdução: A Profilaxia pré-exposição (PrEP) é efetiva para prevenção de HIV, e é indicada para grupos populacionais com maior risco de infecção pelo HIV, como homens que fazem sexo com homens (HSH). Entretanto, a auto percepção de risco como baixo pode dificultar a procura individual por PrEP. Este estudo investigou a associação entre auto percepção de risco à infecção e a aceitabilidade da PrEP entre HSH no Brasil.
Metodologia: Estudo transversal realizado com HSH (>18 anos), recrutados através do Respondent Driven Sampling (RDS), em 12 capitais brasileiras, em 2016. Foi realizada análise confirmatória: i) variável de exposição principal – percepção de risco; ii) desfecho: aceitabilidade da PrEP; a medida de efeito estimada foi odds ratio ajustada (ORa) por variáveis sociodemográficas e comportamentais, ponderadas estimador RDS-II, com estimativa de intervalos de confiança de 95% (IC95%).
Resultados: A aceitabilidade da PrEP foi alta (69,7%) entre 3.563 HSH. Observou-se um efeito dose-resposta da percepção de risco na aceitabilidade de PrEP: HSH que se percebem como tendo baixo e moderado risco tiveram uma chance 80% maior de aceitar a PrEP (OR=1,8; IC:1,2-2,8), enquanto aqueles se percebem em alto risco tiveram uma chance quatro vezes maior (OR 5,0; IC 2,3 - 11,2), quando comparados àqueles com nenhuma percepção de risco.
Conclusão: Intervenções que visem maior compreensão de risco entre HSH que estão em contextos de vulnerabilidade ao HIV devem ser enfatizadas, através de campanhas de divulgação dos serviços de PrEP na rede SUS, de ações de educação em saúde por profissionais nos serviços de prevenção às IST e em ONGs.
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