26/11/2019 - 08:30 - 10:00 DT2 - VISA no SUS - Planejamento e Gestão - Intersetorialidade e o Trabalho da VISA |
29665 - ESTRATÉGIA DE ATUAÇÃO DO SETOR SAÚDE DA BAHIA DIANTE DAS EMERGÊNCIAS EM SAÚDE PÚBLICA POR DESASTRES. ADILSON BISPO SACRAMENTO - SESAB/DIVISA, IMEIDE PINHEIRO SANTOS - SESAB/DIVISA
Introdução: Após as graves enchentes ocorridas no ano de 2008, em Santa Catarina e no Rio de Janeiro em, 2011, o Ministério da Saúde (MS) solicitou a Fiocruz/RJ um diagnóstico da capacidade de resposta do Setor Saúde aos desastres. Nesse estudo se evidenciou uma baixa capacidade de resposta dos estados aos cenários de desastres tanto em relação ao papel institucional como na organização necessária de enfrentamento dos mesmos. A partir desse trabalho o MS solicitou a proposição de estratégia que permitisse os territórios desenvolverem o enfrentamento dos desastres. O estado da Bahia ciente da iniciativa nacional voluntariou-se para participar do projeto piloto sendo aceito pelo MS e Fiocruz/RJ. A parceria com MS e academia gerou a proposta da construção de oficinas para validação de um guia orientador de planos municipais de preparação e resposta do setor saúde aos vários cenários de desastres. Objetivo: Reduzir a exposição da população aos riscos associados aos desastres; Minimizar doenças e agravos decorrentes dos desastres; Fortalecer a atuação do Setor Saúde no gerenciamento dos riscos a fim de reduzir os desastres. Metodologia: Foram considerados dois critérios de escolha. Quanto aos municípios: representação do semiárido, das principais áreas industriais e sujeitos a inundações recorrentes, sede da regional de saúde, existência de decretos de Situação de Emergência (SE) e Estado de Calamidade Pública (ECP), presença de representação da regional de saúde. Quanto aos representantes municipais: preferência por servidores concursados, presença da vigilância e assistência à saúde e perfil para se tornarem Ponto Focal. Também foram considerados questões administrativas que favoreciam o sucesso do evento. Foram realizadas cinco oficinas no ano onde houveram períodos de encontro nos quais as etapas do plano eram discutidas e dispersão onde a teoria deveria ser convertida em prática. Resultados: A oficina mostrou ser possível a elaboração de planos municipais com a orientação de um documento norteador contendo a sequência dos trabalhos a serem desenvolvidos. Entre os quinze municípios selecionados nove construíram seus planos, com fortalecimento de laços entre os municípios e troca de conhecimento e informações sobre os desastres nos seus territórios. O guia foi validado transformando-se em documento definitivo aplicado no curso de multiplicadores das ações de gerenciamento de risco sanitário relacionado aos desastres, ocorrido no ano de 2018.
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