26/11/2019 - 08:30 - 10:00 DT2 - VISA no SUS - Planejamento e Gestão - Intersetorialidade e o Trabalho da VISA |
29701 - PLANO ESTADUAL DE VIGILÂNCIA E ATENÇÃO À SAÚDE DE POPULAÇÕES EXPOSTAS AOS AGROTÓXICOS DO ESTADO DO PARANÁ ALANA FLEMMING - SESA/PR, ANA LIDIA LAGNER - SESA/PR, ANDRÉ SCHENKEL DEDECEK - LACEN/PR, CRISTINA KLOBUKOSKI - SESA/PR, EMANUELLE GEMIN - SESA/PR, JOSÉ LUIZ NISHIHARA PINTO - SESA/PR, LILIMAR REGINA NADOLNY MORI - SESA/PR, MARCOS VALÉRIO DE FREITAS ANDERSEN - SESA/PR, MONIQUE COSTA BUDK - SESA/PR, SILVIA EUFENIA ALBERTINI - SESA/PR, YUMIE MURAKAMI - SESA/PR, JULIANA CLÉLIA CEQUINEL - SESA/PR
No Brasil, o atual modelo de produção agrícola e as sucessivas desregulamentações ao frágil controle dos agrotóxicos impõe à toda sociedade, o ônus do uso intensivo destes produtos. O Paraná oscila entre o 2º e o 3º maior consumidor no Brasil de agrotóxicos, consumindo anualmente em torno de 100 mil toneladas. Como agravamento desta situação, há também, um grande consumo nos meios urbanos, em produtos de uso doméstico, nos serviços de desinsetização, na prática ilegal da capina química e no combate às endemias. Muitos estudos demonstram os efeitos deletérios destes produtos, em todos os sistemas do corpo humano, com destaque para o nervoso, endócrino, hepático, renal e reprodutivo, com o aumento da incidência de câncer, transtornos psíquicos, depressão e suicídios . A SESA criou um Grupo de Técnico (GT Agrotóxicos)composto por representantes das áreas da Vigilância em Saúde, da Atenção à Saúde e do Conselho Estadual de Saúde para elaboração do PEVASPEA/PR. Esse documento contempla a implantação da Linha Guia para o atendimento dos casos de intoxicações agudas e crônicas por agrotóxicos pela Rede de Atenção à Saúde do Estado, a inserção do instrumento de Tutoria na Atenção Primária à Saúde (APS) e a Ficha de Rastreio de Intoxicações Crônicas por Agrotóxicos, bem como a análise de dados mais recentes como o consumo de agrotóxicos, contaminações dos alimentos, água e solo, indicadores de morbimortalidade, dentre outros, necessários para estabelecer ações estratégicas de Vigilância e Atenção em Saúde. Foram propostas 20 ações estratégicas no âmbito da saúde que tem a pretensão de fazer o enfrentamento dos efeitos dos agrotóxicos na saúde dos paranaenses. Destacamos algumas como: Instituição de Grupos Técnicos – GT Agrotóxicos regionais, para discutir a problemática dos agrotóxicos e propor ações para o seu enfrentamento; Implantação e implementação da Linha Guia de Atenção à Saúde das Populações Expostas aos Agrotóxicos; Capacitação da Atenção Primária em Saúde (APS) para a atenção integral das intoxicações por agrotóxicos ; Investigação de todas as intoxicações exógenas por agrotóxicos através de roteiro complementar a ficha de notificação; Vigilância dos casos de intoxicações por agrotóxicos pelo trabalho em crianças e adolescentes e fatais em trabalhadores; Inspeções em indústrias de agrotóxicos; Programa de análise e monitoramento da presença de agrotóxicos em alimentos e Água de Consumo Humano e o VIGIAGUA e Proibição da capina química.
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