26/11/2019 - 08:30 - 10:00 DT2 - VISA no SUS - Planejamento e Gestão - Intersetorialidade e o Trabalho da VISA |
32061 - PERFIL DOS CASOS NOVOS DE CÂNCER INFANTOJUVENIL REGISTRADOS NO ESTADO DE SANTA CATARINA GILNEI FITLER SOARES - UFFS, VANDER MONTEIRO CONCEIÇÃO - UFFS, JANE KELLY OLIVEIRA FRIESTINO - UFFS, MAÍRA ROSETTO - UFFS, FLORA ALCANTARA NUNES - UFFS, ANA CAROLINE GEREMIA - UFFS
O câncer infantojuvenil, o que acomete menores de 19 anos de idade, apresenta uma relação causal primordialmente ligada à fatores genéticos e ambientais. Nesse sentido, o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) apresentou em 2019 no “Seminário sobre Agrotóxico nos Alimentos, na Água e na Saúde” uma análise química de amostras de água para o abastecimento público de 90 municípios catarinenses. Dessa forma, constatou-se a presença de princípios ativos de agrotóxicos em 22 cidades. Assim, verifica-se potenciais danos para a exposição da população ao agrotóxico, visto que este pode ser um fator de risco para a ocorrência do câncer infantojuvenil. Objetiva-se descrever o perfil de casos novos de câncer pediátrico registrados em Santa Catarina. Trata-se de um estudo transversal, no período de 2008 a 2014, utilizando os dados do Registro de Câncer de Base Populacional (RCBP) de Florianópolis-SC, disponibilizados gratuitamente pelo Instituto Nacional do Câncer José Gomes de Alencar da Silva (INCA). Foram calculados os coeficientes de incidência e as respectivas frequências, considerando: sexo, faixa etária, raça, grupos de neoplasias da Classificação Internacional de Câncer Infantil (CICI) e extensão tumoral. No período, foram notificados 171 casos novos casos de câncer pediátrico, sendo 405 casos por milhão de habitantes. O ano de 2013 apresentou maior número de notificações (36 casos) (21%), neste mesmo período a incidência em destaque está em adolescente na idade de 19 anos, com 26 casos (15,2%). Em relação ao sexo, foram registrados 89 casos para o sexo masculino e 82 para o feminino. A raça branca apresentou maior incidência, constituindo 86,5%. No que tange a extensão tumoral, não há conformidade no preenchimento, pois a maioria dos casos novos registrados não apresentam a caracterização da extensão do tumor, com 33,9% dos registros como “não se aplica”. Em contrapartida, foram registrados 41 (23,9%) casos de metástase. Segundo grupo da CICI, maior incidência ocorreu no grupo I - Leucemias, com 41 notificações (24%). Desses 41 casos, 30 casos correspondem ao subtipo I-A Leucemias linfóides (73%). Traçar o perfil dos casos novos de câncer infantojuvenil em Santa Catarina, além de auxiliar na compreensão da incidência da doença, poderá servir de base para que os gestores dos serviços de saúde possam propor estratégias para assistência à saúde, ou novas políticas públicas para o grupo em estudo, aprimorando então a qualidade do cuidado prestado.
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