26/11/2019 - 08:30 - 10:00 DT2 - VISA no SUS - Planejamento e Gestão - Intersetorialidade e o Trabalho da VISA |
32208 - DESAFIOS DO AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE JUNTO À POPULAÇÕES VULNERÁVEIS RESIDENTES EM “DOMICÍLIOS DE RISCO” EM ÁREAS DE BAIXO RISCO NA REGIÃO SUDESTE DO BRASIL. SOLANGE AUGUSTA DE ABREU RIBEIRO - ESPMG, SHIRLEY PEREIRA DE ALMEIDA - FCM-MG
No Brasil, indicador de vulnerabilidade social e de saúde (IVS) tem sido utilizado para apontar áreas prioritárias de implantação de equipes Saúde da Família (eSF) em territórios de médio e alto risco. Observam-se populações vulneráveis em áreas de baixo risco (BR) que apresentam demandas por serviços de saúde, mas com dificuldade de acesso. Relato de experiência de Agentes Comunitários de Saúde (ACS) junto a populações vulneráveis residentes em ‘Domicílios de risco’ (DR) em áreas de BR, capital-região Sudeste. Estudo descritivo elaborado a partir das perspectivas dos ACS de uma equipe de PACS,durante atividades realizadas junto as famílias residentes em ‘DR’ no BR, hipercentro da capital. Na prática profissional dos ACS,observou-se aumento da demanda por atenção à saúde de parcela significativa da população com diversidade no perfil, caracterizada por profissionais do sexo, migrantes, residentes em prédios ocupados, pessoas em situação de rua, idoso frágil. Nesse contexto, a equipe PACS enfrenta vários desafios para atender as demandas contando com apenas três ACS e uma enfermeira.Isso mobilizou a equipe à buscar estratégias para priorizar visitas domiciliárias(VD).Análise do perfil demográfico/epidemiológico,das condições familiares e sociais,a partir dos dados de cadastro das famílias,revelaram que a população adscrita à equipe eram em sua maioria adultos/idosos,média de 1,8pessoas/família,doentes crônicos;renda de um salário mínimo,aposentados,integrantes do bolsa família.Nesse cenário,surge o termo ‘Domicílios de risco’(DR), que designa aqueles com pessoas em condições precárias de saúde/sociais residentes no BR.Critérios, para classificação de ‘DR’ foram:domicílios onde residem idosos frágeis com várias comorbidades e residirem só,doentes crônicos,com sofrimento mental,dependentes do SUS,integrantes do bolsa família.A despeito das dificuldades,o levantamento dos critérios para classificação dos ‘DR’ possibilitou identificar pessoas/famílias com maior vulnerabilidade,organizar processo de trabalho,planejar VD e prestar o cuidado de forma mais equitativa e resolutiva.Pretendeu-se com esse relato oferecer elementos que ampliem os olhares às questões da fragilidade e limitações do IVS, na formulação de políticas e tomadas de decisão, principalmente ao desconsiderar outros elementos que permeiam a dinâmica dos territórios, inclusive daqueles considerados como de BR.Ademais, trata-se de um tema pouco presente na literatura considerando o termo ‘DR.’
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