26/11/2019 - 08:30 - 10:00 DT4 - VISA no SUS - Formação, Comunicação e Participação Social - Formação e Capacitação |
32246 - VIGILÂNCIA SANITÁRIA: A NECESSIDADE DE REORIENTAR O TRABALHO E A QUALIFICAÇÃO EM UM MUNICÍPIO MANOEL RIBEIRO DE SALES NETO - UFC, CREMEILDA DANTAS DE ABRANTES LOBO - AGEFIS FORTALEZA, ANA PAULA SOARES GONDIM - UFC, JULIANA SAMPAIO BATISTA - AGEFIS FORTALEZA, NADJA MARA DE SOUSA LOPES - UFC, LORENA BARBOSA DE SOUZA ALMEIDA - AGEFIS FORTALEZA, ENEYLÂNDIA RABELO LEMOS - AGEFIS FORTALEZA, MARTA CRISTINA JUCÁ POLICARPO - AGEFIS FORTALEZA, PRISCILA RAQUEL NOGUEIRA VIEIRA - AGEFIS FORTALEZA, RACHEL SINDEAUX PAIVA PINHEIRO - AGEFIS FORTALEZA
Introdução: O trabalho da vigilância sanitária deve ser ampliado para transpor sua tradicional dimensão fiscalizatória, mediante o desenvolvimento de atividades multiprofissionais, educativas e comunicativas, com participação social, baseadas nos sistemas de informação em saúde e em colaboração com a Estratégia Saúde da Família. Para isso, os trabalhadores da vigilância sanitária precisam ser qualificados e as dificuldades do trabalho devem ser superadas. Objetivo: Verificar o desenvolvimento dessas atividades, relacioná-las com a qualificação profissional e identificar as dificuldades para o trabalho. Método: Trata-se de um estudo descritivo e quantitativo, realizado com a aplicação de um questionário aos 54 trabalhadores da vigilância sanitária de uma capital brasileira. Realizou-se uma estatística descritiva simples com as variáveis qualificação profissional, atividades do processo de trabalho e dificuldades. O programa StataSE foi utilizado como recurso para análise, havendo aplicação dos Testes qui-quadrado e Exato de Fisher, com nível de significância de 5%. Resultados: Verificou-se que a maioria dos trabalhadores realizou cursos de capacitação em vigilância sanitária no último ano (66,7%), possuía ensino superior (75,9%) e pós-graduação em vigilância sanitária (63,4%). No entanto, as atividades foram desenvolvidas pela minoria dos trabalhadores, como educação em saúde (18,6%), comunicação de dados sanitários (9,3%), promoção de participação social (16,7%) e uso dos sistemas de informação em saúde (11,1%). Em relação às dificuldades apontadas, a insuficiência de veículos (36,4%) e a falta de aplicação das penalidades dos processos administrativos (19,6%) corroboraram dados da literatura. A qualificação profissional (46,3%) exprimiu relação estatisticamente significante apenas com a atuação multiprofissional (p=0,014). Conclusões: Os resultados demonstraram a existência de um distanciamento entre o trabalho desenvolvido e as recomendações, expressas tanto em instrumentos legais como na literatura, de reorientação do trabalho para a construção de uma vigilância sanitária ampliada. Portanto, é necessária a reorientação do trabalho e da qualificação profissional no sentido de possibilitar o desenvolvimento das atividades que, além da fiscalização e do controle, deveriam compor o trabalho da vigilância sanitária.
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