26/11/2019 - 08:30 - 10:00 DT5 - VISA no SUS - Formação, Comunicação e Participação Social - Comunicação e Participação Social |
32133 - IMPRENSA QUE FALA DA ANVISA, MAS NÃO DO SUS CAROLINA MAGALHÃES DE SOUZA SILVA - FIOCRUZ BRASÍLIA, MARIELLA DE OLIVEIRA-COSTA - FIOCRUZ BRASÍLIA, NAYANE YURI TANIGUCHI CUNHA - FIOCRUZ BRASÍLIA, WAGNER VASCONCELOS - FIOCRUZ BRASÍLIA
Considerando a saúde como um direito social básico e a comunicação como um espaço que produz sentidos sociais, esses campos se relacionam no que tange a promoção da saúde, o diálogo e a troca de saberes, que compõem a participação social. Afinal, como é possível promover saúde, enquanto é emitida uma opinião política disfarçada de notícia neutra? E o quanto isso pode causar danos à saúde? Foi pensando no acesso à informação de saúde, que a Política Nacional de Informação, Educação e Comunicação (IEC) foi elaborada. Pode-se investigar se os temas como a Vigilância Sanitária, bem como sobre a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), se aproximam – ou não – do que se fala em saúde pública. A Anvisa é responsável por proteger a saúde da população, realizando o controle sanitário da produção e do consumo de produtos ou serviços no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Assim, o objetivo é compreender como foi a cobertura da imprensa brasileira dos temas pertinentes à Vigilância Sanitária, em 2018, frente à visibilidade do Sistema Único de Saúde (SUS). Para esse estudo descritivo, exploratório e quali-quantitativo, a metodologia utilizada é a análise de conteúdo, por meio da técnica de Bardin. Foram analisados 1660 textos, de 159 jornais online, com ênfase nas perguntas: O texto cita explicitamente a palavra SUS ou Sistema Único de Saúde? O texto responsabiliza a Anvisa? O texto cita a Vigilância de Saúde local?. Os resultados mostram a invisibilidade do SUS, bem como das vigilâncias locais. A discussão gira em torno de como o SUS, uma política fundamental do Brasil, foi tão pouco mencionado, sendo um tema silenciado quando se fala da Anvisa. A análise dos dados indica uma tendência da publicização de temas sobre saúde que ainda não favorece o amplo conceito de saúde e nem o SUS. É necessário publicizar, com a tradução do conhecimento, uma política pública importante como o SUS, para que o povo brasileiro compreenda a magnitude e se aproprie da mesma. Assim, pode-se desvendar para enfrentar o que é invisibilizado quando ocorre uma desinformação, mas também para enfrentar o que é visibilizado de forma negativa ou incompleta. Nesse sentido, comunicar conhecimento é democratizar informação, buscando dialogar e valorizar outras vozes, exercendo o poder da participação social. É um dos aspectos para construir o SUS de forma realmente compartilhada e de forma a garantir equidade e alcançar o bem viver.
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