26/11/2019 - 08:30 - 10:00 DT6 - VISA e Arboviroses - VISA e Outras Zoonoses |
29227 - USO DE GEOTECNOLOGIAS NA VIGILÂNCIA AMBIENTAL DENISE PICCIRILLO B. DA VEIGA - CENTRO DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (CVS/SES/SP); FACULDADE DE SAÚDE PÚBLICA (USP), CRISTINA SHIMABUKURU - CENTRO DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (CVS/SES/SP)
Introdução: A Dengue é a principal arboviroses que afeta a saúde da população paulista. Os dados da Vigilância Epidemiológica apontam que em 2017 foram 5.689 casos, em 2018 13.894 casos e até o mês de abril de 2019 já haviam registrados 35.733 casos no Estado de São Paulo. As arboviroses são um importante problema de saúde pública, e seu crescente agravamento tem provocado a necessidade de novas formas de enfrentamento que ultrapassem as áreas de atuação da Saúde e exigem o envolvimento de outros setores como habitação, saneamento básico, educação, resíduos sólidos entre outros. Nesse contexto, o Centro de Vigilância Sanitária está desenvolvimento um projeto de aprimoramento das ações de Vigilância em Saúde para controle de vetores de arboviroses no Estado de São Paulo, que tem suscitado a articulação de diversos atores envolvidos no controle da Dengue. Uma das etapas do projeto foi a análise espacial dos casos de dengue nos três municípios paulista que apresentaram o maior percentual de dengue no Estado no ano de 2018. Objetivo: Esse Relato tem por objetivo apresentar a aplicação do geoprocessamento como ferramenta de análise para ocorrência de dengue do projeto citado e discutir alguns resultados. Métodos: A partir dos dados das Vigilâncias Epidemiológicas Municipais dos três municípios paulistas, foram mapeados com o software livre de geoprocessamento QGis os locais de residência dos casos confirmados de dengue bem como os Pontos Estratégicos e os Imóveis Especiais. As análises espaciais utilizadas foram de densidade de casos por mês e por semana epidemiológica. Resultados: Os mapas elaborados foram apresentados às Vigilâncias em Saúde de cada município, em todos os casos os mapas de densidade refletiram questões pontuais nas áreas como intermitência do serviço de abastecimento de água e seu consequente armazenamento em recipientes improvisados em residências; bairros com a rede de esgoto interrompida (sem saneamento) ou drenagem urbana inadequada; pontos estratégicos com dificuldades de atendimento ao que preconiza o controle de vetores, ações falhas ou deficientes entre outros apontamentos. Em sequencia os mapas foram discutidos nos municípios com outros setores como limpeza urbana, meio ambiente, comunicação e educação. Concluímos que a análise espacial foi uma ferramenta importante para a apresentação da magnitude do problema e sensibilização de outros setores que podem contribuir para a diminuição de criadouros e proliferação do Aedes aegypti.
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