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29426 - FLUXOGRAMA PARA ATENDIMENTO DE FEBRE AMARELA: AVALIAÇÃO DA SENSIBILIDADE NAS UNIDADES HOSPITALARES DOS MUNICÍPIOS DE NOVA LIMA E MARIANA FLAVIA RIBEIRO SOARES CRUZEIRO - SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE, NARA LUCIA CARVALHO DA SILVA - SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE, TANIA MARIA MARCIAL AMARAL - SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE
Febre Amarela (FA) é doença infecciosa febril aguda, causada por vírus transmitido pelo Haemagogos e Sabethes (silvestre) e Aedes aegypti (urbana). Manifestações: febre alta, calafrios, cansaço, cefaléia, mialgia, náuseas e vômitos por três dias de forma repentina. A forma mais grave aparece após breve período de remissão, com icterícia, hemorragias, insuficiências hepática e renal.No início da epidemia em Minas Gerais (MG), em 2016, após revisão bibliográfica em inglês, espanhol e português, não foram encontrados diretrizes para o manejo clínico da forma grave. Foi elaborado um protocolo em forma de fluxograma para atendimento dos casos suspeitos de FA, pela equipe da SES/MG, para apoiar o manejo dos casos suspeitos e divulgado aos profissionais de saúde. No período 2017/2018 , 527 casos forma confirmados MG, e as áreas atingidas foram região metropolitana de Belo Horizonte, Zona da Mata, Campos das vertentes, Oeste e Sul/sudoeste. Este estudo tem como objetivo avaliar a sensibilidade do fluxograma para Atendimento de FA utilizado nos hospitais de Nova Lima e Mariana.É um estudo descritivo com coleta de dados de prontuários de pacientes da Fundação Hospitalar Nossa Senhora de Lourdes em Nova Lima/MG e Hospital Monsenhor Horta em Mariana/MG de janeiro a abril de 2018. Foram incluídos 39 pacientes residentes destes municípios com notificação no SINAN, PCR reagente, sem histórico de vacina FA nos últimos 30 dias. Maioria dos pacientes eram masculino (77%). Média de idade de 47 anos. Preencheram critério de definição de caso suspeito 84,62%(n=33).Sinais e sintomas apresentados: febre, cefaleia, icterícia, mialgia, dor abdominal, oligúria, sangramento, inapetência, vômitos, confusão mental e hepatomegalia. Média de dias entre início dos sintomas e entrada na unidade de 3,5.Pacientes com sinais de alarme 66,67% (n=26) e com sinais de gravidade 35,90% (n=14). Realizaram exames laboratoriais conforme protocolo 46,15% (n=18) e 64,0% (n=25) evoluíram para alta. Os pacientes transferidos para UTI apresentaram sinais de gravidade 64,29% (n=9). Os casos que evoluíram para óbitos (n=10/25,64%) e 90% apresentaram sinais de gravidade e 100% sinais de alarme. Adoção do fluxograma pela equipe dos hospitais foi gradual e foi observado identificação precoce de sinais de alarme e gravidade e melhora no manejo clinico. Concluímos que a adoção deste protocolo pelas unidades de saúde do estado foi crucial para melhoria do desfecho dos casos de FA no período de epidemia em MG.
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