26/11/2019 - 08:30 - 10:00 DT6 - VISA e Arboviroses - VISA e Outras Zoonoses |
31797 - VIGILÂNCIA DA ESPOROTRICOSE FELINA EM CURITIBA EVELYN CRISTINE DA SILVA - RESIDENTE DE ZOONOSES E SAÚDE PÚBLICA - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA, SUZANA MARIA ROCHA - RESIDENTE DO PROGRAMA DE RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL DE SAÚDE DA FAMÍLIA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ (UFPR), CRISTIANE RAQUEL STROKA PLAHINSCE - MÉDICA VETERINÁRIA DA UNIDADE DE VIGILÂNCIA DE ZOONOSES, SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE – CURITIBA/PR, TATIANNA PAULA HARTIN - MÉDICA VETERINÁRIA E CHEFE DE SERVIÇO DA UNIDADE DE VIGILÂNCIA DE ZOONOSES, SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE – CURITIBA/PR, ANA PAULA CONINCK MAFRA POLETO - MÉDICA VETERINÁRIA E COORDENADORA DA UNIDADE DE VIGILÂNCIA DE ZOONOSES, SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE – CURITIBA/PR, VIVIEN MIDORI MORIKAWA - PROFESSORA DO DEPARTAMENTO DE SAÚDE COLETIVA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ (UFPR)
A esporotricose é uma infecção cutânea causada por espécies de fungo do complexo Sporothrix. A doença em humanos historicamente está relacionada a áreas rurais e atividades ligadas ao solo, que atua como reservatório da doença. Nos últimos anos está se tornando um problema de áreas urbanas devido à sua capacidade de transmissão zoonótica, principalmente associada aos gatos, visto que estes animais também são acometidos pela doença, podendo transmiti-la a humanos através do contato direto com secreções de lesões, mordeduras ou arranhaduras. No Brasil, é observado um aumento de casos de esporotricose humana, já sendo considerado um problema de saúde pública em algumas regiões. Visto que houve um aumento de registros de esporotricose humana e felina na cidade de Curitiba/Paraná, o objetivo deste trabalho foi descrever a situação da esporotricose felina e as ações de vigilância específicas voltadas para o controle desta doença na cidade. O trabalho foi realizado através de análise descritiva dos dados referentes a casos de esporotricose felina registrados pela Unidade de Vigilância de Zoonoses de Curitiba (UVZ) entre janeiro de 2016 e dezembro de 2018. No período avaliado, é de conhecimento da UVZ que 462 gatos foram diagnosticados clínica ou epidemiologicamente com esporotricose na cidade: 179 em 2016, 136 em 2017 e 147 em 2018. As ações de vigilância em saúde específicas para esta zoonose, realizadas pela UVZ, estão focadas na orientação aos tutores de gatos em áreas com casos confirmados, busca ativa de casos suspeitos, coleta de dados epidemiológicos, encaminhamento para tratamento junto à universidade parceira e acompanhamento até a cura clínica, ou eutanásia do animal, quando necessário.. As ações da UVZ na vigilância e controle desta zoonose visam interromper a cadeia de transmissão da mesma, através do monitoramento de casos diagnosticados e prevenção de novos casos em animais e humanos. Por fim, a sensibilização dos profissionais das áreas de saúde humana e animal para que notifiquem casos suspeitos em humanos e animais à Secretaria Municipal de Saúde, e a informação de toda a população, através de trabalhos de educação em saúde, focando na importância do tratamento em humanos e animais e na redução dos casos de abandono de animais doentes nas ruas, é a principal estratégia para efetivo controle e monitoramento desta zoonose.
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