26/11/2019 - 08:30 - 10:00 DT6 - VISA e Arboviroses - VISA e Outras Zoonoses |
32280 - SANEAMENTO E SAÚDE NA REGIÃO METROPOLITANA DO RIO DE JANEIRO MÁRCIA APARECIDA RIBEIRO DE CARVALHO - IESC/UFRJ, GABRIEL EDUARDO SCHUTZ - IESC/UFRJ
O saneamento está relacionado à saúde como pode ser evidenciado em artigos científicos e no cotidiano. Regiões periféricas metropolitanas se caracterizam por deficiências em infraestrutura o que favorece a transmissão da dengue. Na Região Metropolitana do Rio de Janeiro (RMRJ), indicadores socioambientais podem contribuir para a compreensão da transmissão da doença em áreas prioritárias para ação. Este trabalho teve por objetivo identificar e explorar estatísticas oficiais sobre saneamento e saúde nos municípios da RMRJ I e avaliar se o tipo de estatística oficial disponibilizada como registro da situação de saneamento permite “dialogar” com as de saúde. Para tanto, foram coletados da Pesquisa Nacional do Saneamento Básico (PNSB, 2008) os indicadores: % domicílios com abastecimento de água por rede geral, esgotamento sanitário por rede geral ou pluvial e coleta de lixo por serviço de limpeza ou caçamba. Estes foram utilizados para calcular o índice de saneamento com a fórmula I = (Vob-Vmin)/(Vmax-Vmin), onde Vob é o valor observado; Vmin é o valor mínimo e Vmax é o valor máximo. O Índice de Infestação Predial (IIP), fornecido pela Assessoria de Informação Epidemiológica e Ambiental (ASINFO/SESRJ), além dos casos de dengue notificados no DATASUS para o mesmo ano da PNSB foram analisados e calculada a Taxa de Incidência. Os dados de saneamento mostraram Rio de Janeiro (RJ), Nilópolis (N), São João de Meriti (SJM) e Mesquita (M) nas melhores posições (0,9-1,0); e piores Belford Roxo (BR), Magé (Ma) e Japeri (J)(0,6-0,5). Os municípios de NI e RJ obtiveram altas TI de dengue e IIP; RJ, J, I, DC, Q, BR, SJM, M, Ma e NI obtiveram IIP entre 1,0 e 2,9; caracterizando estado de alerta. S e N apresentaram 0,5 e 0,6, respectivamente. Uma associação descritiva entre os indicadores não foi possível, pois RJ que apresentou melhor índice em saneamento obteve alto IIP e TI. N obteve ótimo índice de saneamento, baixo IIP e uma das menores TI de dengue. Os demais municípios obtiveram posição intermediária para todos os indicadores. Pode-se concluir que a PNSB não possui regularidade ao contrário dos dados de saúde. A associação entre os indicadores vê-se prejudicada pela defasagem de tempo. O marco teórico-conceitual que embasa a matriz dos indicadores é dirigido à gestão local dos serviços de forma pouco integrada e muitas informações em saúde são geradas a partir de desagregações espaciais pragmáticas, mais do que a partir de uma teoria da determinação do processo saúde-doença.
|