26/11/2019 - 08:30 - 10:00 DT8 - VISA de Produtos - Alimentos - Nutrição, Comunicação e Regulação |
31824 - AVALIAÇÃO MICROSCÓPICA DAS MATÉRIAS ESTRANHAS PRESENTES EM ALIMENTOS ANALISADOS NO LACEN/RN NOS ANOS DE 2017 E 2018 VANESSA MACEDO FREIRE DA COSTA - LACEN/RN, FREDERICO ANDRADE MONTEIRO FILHO - FMUSP/SP, ÍTALO SOARES DE ARAÚJO - LACEN/RN, CLAUDIO MARCIO DE MEDEIROS MAIA - LACEN/RN, EUTÁLIA ELIZABETH NOVAES FERREIRA DA SILVA - LACEN/RN, JAILMA ALMEIDA DE LIMA - LACEN/RN, KLEYTON THIAGO COSTA DE CARVALHO - LACEN/RN, EUGÊNIO PACELLE DANTAS DA COSTA - LACEN/RN, MARIA JOSÉ FERNANDES DOS SANTOS - LACEN/RN, MELQUIEGES SOUZA DE MEDEIROS - LACEN/RN, ALINE FELIPE DA FONSECA - LACEN/RN
Esse trabalho consiste numa avaliação dos resultados das análises microscópicas de matérias estranhas em alimentos analisados no LACEN/RN, nos anos de 2017 e 2018. Um total de 564 amostras foi avaliado, sendo a coleta realizada pela Vigilância Sanitária e as análises executadas nas modalidades de: Rito Sumário, Fiscal e de Orientação, atendendo ao Programa Nacional de Monitoramento da Qualidade Sanitária dos Alimentos (PNMQSA). Para a pesquisa de matérias estranhas em alimentos foram utilizadas as técnicas específicas da AOAC e FDA. Como referência para os padrões analíticos foram obedecidas as seguintes legislações em vigor: Resolução – RDC nº 14/14 – ANVISA/MS, Portaria nº 326/97 – SVS/MS e Lei 8.078/90 – Código de Defesa do Consumidor/Presidência da República. No período de 2017 a 2018, 511 (91%) amostras apresentaram resultados satisfatórios e 53 (9%) insatisfatórios. O sal apresentou maior número amostral, correspondendo a 88% do total, com 4% de reprovação, um número que vem caindo nos últimos anos, o que demonstra melhorias significativas no beneficiamento deste produto. No sal foram encontrados: elementos rígidos (pedras > 2 mm), pelo de roedor, partículas magnéticas e metálicas. Amostras de farinha de mandioca e doces de fruta reprovadas, apresentaram também elementos rígidos (caroços > 2 mm) e artrópodes. As reprovações no gelo ocorreram também pela presença de pelos de roedores, além de insetos, areia, borracha, cascalho e substância viscosa não identificada. Os elementos rígidos podem causar lesões e o pelo de roedor é capaz de veicular agentes patogênicos, podendo causar danos à saúde do consumidor. Destacam-se no açúcar, inúmeras partículas magnéticas e matérias carbonizadas. No biscoito as reprovações se deram pela presença de graxa. Em uma amostra de pasta de alho foi verificado um fragmento sintético macroscópico e biofilme formado por fungos filamentosos. Nas castanhas de caju, havia deformações, deterioração, manchas na maior parte das amêndoas, detectou-se ainda infestação de insetos. Já no café, observaram-se elementos histológicos não próprios do produto, compatíveis com feijão, o que configura fraude. Conclui-se, com base nos resultados, que os alimentos reprovados, necessitam de mais atenção nas etapas de produção, transporte, distribuição e armazenamento. Daí a importância da fiscalização a fim de se fortalecer o cumprimento das legislações em vigor e oferecer um produto seguro e de melhor qualidade para o consumidor.
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