26/11/2019 - 08:30 - 10:00 DT9 - VISA de Produtos - Alimentos/Controle Sanitário - Inspeções Sanitárias |
31828 - CONDIÇÕES HIGIÊNICO-SANITÁRIAS DAS BANCAS QUE COMERCIALIZAM CARNES VERMELHAS IN NATURA EM FEIRA LIVRE EM FORTALEZA-CEARÁ. JOCINETE SANTOS DOMINGOS - AGEFIS, LORENA BARBOSA DE SOUZA ALMEIDA - AGEFIS, MILENA LIDIANE BOMFIM DE MELO OBERG - ESP, TEREZA EMANUELLE DA SILVA COSTA - ESP, JULIANA SAMPAIO BATISTA - AGEFIS, MANOEL RIBEIRO DE SALES NETO - AGEFIS, MARTA CRISTINA JUCÁ POLICARPO - AGEFIS, PRISCILA RAQUEL NOGUEIRA VIEIRA - AGEFIS, CREMEILDA DANTAS DE ABRANTES LÔBO - AGEFIS
As feiras livres acontecem no Brasil desde o período Colonial e estão presentes em todas as cidades brasileiras. Nesses locais comercializa-se uma grande variedade de alimentos. Todavia, não oferecem condições estruturais e higiênico-sanitárias adequadas para comercialização desses produtos. Essas não conformidades constituem-se em fatores de contaminação dos alimentos, principalmente, dos produtos in natura de origem animal, acarretando risco à saúde da população. Portanto, esse trabalho verificou as condições higiênico-sanitárias das barracas que comercializam carnes vermelhas in natura na feira livre da Messejana em Fortaleza-Ceará. A Feira da Messejana é um Patrimônio Cultural Imaterial do Município, local em que foi realizada a pesquisa. Trata-se de um estudo descritivo, transversal com uma abordagem quantitativa e foi realizado em 2017. Para realização deste estudo, foram escolhidas as bancas que comercializavam carnes vermelhas in natura, um total de 23 bancas. Obedecendo aos princípios e diretrizes da pesquisa com seres humanos, o projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética da Escola de Saúde Pública (Protocolo n° 138908/2017). Os dados foram coletados através de observação direta e da aplicação do questionário elaborado segundo a Resolução RDC nº 216/04 – ANVISA/MS. Verificou-se que, com relação às instalações, 23 (100%) possuíam em sua estrutura material de natureza permeável, o que não permite a correta higienização, além de não haver abastecimento de água, componente importante para higienização do ambiente, dos utensílios e das mãos dos manipuladores. Quanto aos utensílios, 14 (60,57%) possuíam utensílio desgastado pelo uso e 17 (73,91%) usavam utensílios de madeira. No que diz respeito à origem das carnes, 21 (91,30%) comercializavam carnes adquiridas na Central de Abastecimento do Ceará (CEASA) ou de distribuidoras na própria feira, porém 2 (8,70%) comercializavam carnes oriundas do abate clandestino. As carnes comercializadas encontravam-se em temperatura ambiente nas 23 (100%) bancas. Constatou-se que 100% das bancas não possuíam lixeiras para acondicionamento do lixo. Desta forma, concluiu-se que a feira livre de Messejana necessita de uma intervenção imediata por parte do município para adequar-se as exigências da legislação, bem como de atividades de monitoramento e fiscalização da comercialização de carnes na feira pela a Vigilância Sanitária do Município a fim de eliminar, minimizar e prevenir riscos de contaminação e agravos a saúde.
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