26/11/2019 - 08:30 - 10:00 DT9 - VISA de Produtos - Alimentos/Controle Sanitário - Inspeções Sanitárias |
31832 - ATITUDES RELACIONADAS ÀS BOAS PRÁTICAS DE MANIPULADORES DE CARNES EM FEIRA LIVRE – FORTALEZA-CE JOCINETE SANTOS DOMINGOS - AGEFIS, LORENA BARBOSA DE SOUZA ALMEIDA - AGEFIS, MILENA LIDIANE BOMFIM DE MELO OBERG - ESP, TEREZA EMANUELLE DA SILVA COSTA - ESP, JULIANA SAMPAIO BATISTA - AGEFIS, MANOEL RIBEIRO DE SALES NETO - AGEFIS, CREMEILDA DANTAS DE ABRANTES LÔBO - AGEFIS
É grande a frequência de doenças veiculadas por alimentos causadas por microrganismos, principalmente bactérias, em razão do trabalho descuidado dos manipuladores e da falta de gestão responsável da qualidade dos alimentos. Segundo a Resolução RDC nº 216/04 – ANVISA/MS, para que os manipuladores não contaminem os alimentos, eles devem seguir as recomendações de boas práticas de manipulação. Sendo assim, este estudo avaliou as atitudes relacionadas às boas práticas dos manipuladores em feira livre. O trabalho tem caráter descritivo, transversal com uma abordagem quantitativa e foi realizado na feira livre do bairro Messejana em Fortaleza – Ceará no ano de 2017. A Feira de Messejana é um Patrimônio Cultural Imaterial do Município. Para realização deste estudo foram escolhidas as 23 bancas que comercializavam carnes vermelhas in natura, por serem alimentos importantes na dieta do povo brasileiro por suas qualidades nutricionais. Obedecendo aos princípios e diretrizes da pesquisa com seres humanos, o projeto foi submetido ao Comitê de Ética da Escola de Saúde Pública e após a aprovação, protocolo de número 138908/2017, iniciou-se a coleta dos dados. Os dados foram coletados através de observação direta durante a realização das visitas à feira livre e através da aplicação do questionário elaborado segundo a Resolução RDC nº 216/04 – ANVISA/MS. Observou-se que em 14 bancas (60,87%) os manipuladores faziam uso de uniforme. Dentre os que usavam os uniformes, os de 10 bancas (42,86%) apresentavam-se sujos, principalmente de sangue. Foi possível observar manipuladores com camisas semiaberta, aberta e até sem camisa. Nenhum feirante de carnes usava equipamentos de proteção individual – EPI ou realizava a higienização das mãos de forma regular. Em 20 bancas (86,96%) os feirantes pegavam em dinheiro e manipulavam as carnes e em 15 (65,22%) faziam uso de adornos. Os feirantes conversavam entre eles, prosavam com os clientes e falavam ao celular em 19 bancas (82,61%). Em relação ao treinamento em boas práticas, os feirantes de 18 bancas (78,26%) afirmaram jamais terem participado. Conclui-se que os manipuladores avaliados apresentam diversas posturas inadequadas, ressaltando-se a necessidade de um treinamento em boas práticas, assim como maior intervenção da Vigilância Sanitária no local. A ausência da capacitação em boas práticas de manipulação e de cuidados com a higiene das mãos são itens considerados críticos, pois influenciam diretamente na segurança dos alimentos.
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