26/11/2019 - 08:30 - 10:00 DT11 - VISA de Produtos - Alimentos/Controle Sanitário - Novas Práticas |
31750 - VIGILÂNCIA DA SITUAÇÃO NUTRICIONAL DE ESCOLARES DENTRO DE UMA ESTRATÉGIA DE ATENÇÃO PRIMÁRIA NA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE (UBS) CABANA EM BELO HORIZONTE, MINAS GERAIS DANIEL DE LIMA RUAS FERNANDES - FCMMG, ANA LUIZA GONÇALVES SILVA - FCMMG, ARTHUR MOREIRA DE FREITAS - FCMMG, AUGUSTO RANGEL MATTOS JARDIM - FCMMG, FERNANDA MAIA ALVES - FCMMG, ISIS FELIPPE BARONI - FCMMG, JÚLIA BARROSO CHIARI - FCMMG, LETÍCIA BERNARDES DE CASTRO - FCMMG, MARINE ALVES - FCMMG
INTRODUÇÃO: A vigilância da situação nutricional da população é uma ferramenta importante para rastrear e amenizar o impacto das doenças decorrentes de mal hábitos, principalmente alimentares. Esta visão tem se consolidado dentro da estratégia da atenção primária brasileira, inclusive com programas como o Programa Saúde na Escola, aonde se busca ações na faixa etária infantil e dentro do ambiente educacional. O impacto da negligência deste tipo de ação no futuro do Sistema Único de Saúde é imensurável.
OBJETIVO: Avaliar e classificar a situação antropométrica/nutricional de uma amostra dos alunos da Escola Estadual Profa. Nair de Oliveira Santana, e referenciar os casos que necessitassem de atendimento.
MATERIAIS E MÉTODOS: Foram aferidos os dados de peso e altura (utilizando balanças portáteis e fita métrica) dos alunos matriculados no segundo semestre de 2016, com posterior cálculo do índice de massa corporal (IMC). Estes dados foram avaliados utilizando as curvas de peso, altura e IMC da OMS e do NCHS/CDC. Todos os casos classificados como alterados (alta e baixa estatura, alto e baixo peso para idade, sobrepeso, obesidade e obesidade grave e desnutrição e desnutrição grave) receberam comunicado para procurar atendimento na unidade básica de saúde de referência.
RESULTADO: A amostra se constituiu de 181 alunos, da faixa etária de 12 a 18 anos. Destes, apenas 3,9% dos casos apresentavam alterações estaturais. Em relação ao IMC por idade, 22,7% dos pacientes (18,1% dos meninos e 27,6% das meninas) foram classificados como sobrepeso, obesidade ou obesidade grave. Porém os casos de obesidade grave foram apenas entre os meninos (3 casos). Os casos classificados como desnutrição foram 6,1% dos alunos (10,6% dos meninos e 1,2% das meninas). Utilizando a avaliação de peso/idade detectou-se bem menos alterações (3,3% dos alunos com alto peso e apenas 4,4% com baixo peso) em comparação com a interpretação do IMC.
CONCLUSÃO: O presente relato mostra como já são prevalentes casos com alteração mesmo em idade escolar, evidenciando o ambiente escolar como importante local de vigilância e de intervenção. Demonstra a evidente discrepância de sensibilidade ao se usar a avaliação do IMC versus apenas o peso por idade. Por fim, solidifica a importância da vigilância precoce da situação nutricional, como instrumento para conter o crescimento do volume de atendimento e dos custos futuros ao sistema.
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