27/11/2019 - 08:30 - 10:00
DT14 - VISA de Produtos - Medicamentos/Farmácias de Manipulação/Indústrias e Comércio Atacadista de Medicamentos |
31986 - VALIDAÇÃO DA EFICÁCIA, ESTERILIDADE E VALIDADE DE DESINFETANTES SELECIONADOS PARA USO NA DESINFECÇÃO DE INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS NO LAFEPE
MIGUEL WILSON REGUEIRA RIBEIRO - LAFEPE, VIVIANE SOARES DE JESUS - LAFEPE, KARWHORY WALLAS LINS DA SILVA - CESMAC, MIRIAM DA SILVA FONSECA - UNINASSAU, GRAZIELE MARIA DA SILVA - ESTÁCIO
A limpeza e desinfecção das áreas e equipamentos envolvidos no processo de produção de medicamentos são determinantes na qualidade do produto. Os agentes desinfetantes, selecionados para tal finalidade, buscam garantir a eficácia na eliminação de diferentes tipos de microrganismos mediante um programa de rodízio pré-determinado, evitando-se o desenvolvimento dos microrganismos resistentes. O trabalho teve por objetivo avaliar a eficácia, esterilidade e validade de desinfetantes para uso na desinfecção de instalações e equipamentos de uma indústria de medicamentos. Foram escolhidas 08 marcas de desinfetantes para o teste de eficácia. Preparou-se 1200ml de cada produto, distribuídos em 04 frascos estéreis, com 300ml em cada um. Os frasco foram etiquetado com os tempos (em dias) T0, T7, T15 e T30. Foram realizadas diluições seriadas com os microrganismos E. coli, P. aeruginosa, B. subtilis, Salmonella, S. aureus, C. albicans e A. brasiliensis, em concentrações de 10-1 a 10-10. A mais concentrada (10-1) foi utilizada como desafiadora para os desinfetantes testados. Os microrganismos foram inoculados nas soluções desinfetantes. Em seguida, foi realizada a filtração em membrana de 0,45µm. As membranas foram inoculadas nos meios TSA e meios seletivos, incubadas nas estufas por 24 ou 72 horas a depender do microrganismo. As placas foram incubadas, e lidas na sequência. Os desinfetantes testados foram eficazes nos tempos T0 ao T30 para os microrganismos E. coli, Salmonella, S. aureus e C. albicans. A partir do tempo T15 não houve eficácia para P. aeruginosa e B. subtilis. O microrganismo que apresentou maior resistência aos desinfetantes, desde o tempo T0, foi o A. brasiliensis. Foram avaliadas também as fichas técnicas/rótulos dos produtos para verificar a ação do espectro de ação dos desinfetantes testados, objetivando informar a eficácia dos desinfetantes previstas pelo fabricante. De acordo com Tortora (2010), essas informações são de grande relevância, visto que traz informações sobre os grupos de microrganismos que o desinfetante será efetivo, concentração de diluição, natureza do material a ser desinfetado, pH do meio e preparo da área antes da aplicação do desinfetante. Diante do exposto, 5 desinfetantes foram aprovados e foi estabelecida validade para 7 dias já que a partir de T15 houve crescimento de alguns microrganismos. Como o A. bresiliensis foi reprovado, faz-se necessário mais estudos com esses microrganismos mais resistentes.
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