27/11/2019 - 08:30 - 10:00 DT14 - VISA de Produtos - Medicamentos/Farmácias de Manipulação/Indústrias e Comércio Atacadista de Medicamentos |
32107 - CLASSIFICAÇÃO TERAPÊUTICA E AVALIAÇÃO SANITÁRIA DE MEDICAMENTOS APREENDIDOS EM CORRESPONDÊNCIAS NOS CORREIOS NO RIO GRANDE DO SUL MASURQUEDE DE AZEVEDO COIMBRA - UFCSPA, CARLA FERREIRA GOMES - UNISINOS, NATÁLIA ZARPELLON TODESCATO - UNISINOS, SANDRA MANOELA DIAS MACEDO - UFCSPA, SARAH CAROBINI WERNER DE SOUZA ELLER FRANCO DE OLIVEIRA - UFCSPA, TIAGO FRANCO DE OLIVEIRA - UFCSPA
Qualquer medicamento não importando sua classe terapêutica, ou finalidade, deve seguir a legislação sanitária para ser comercializado no Brasil, sendo um dos primeiros quesitos necessários, o registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Assim, será que medicamentos apreendidos pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (SRFB) são produtos que possuem registro na ANVISA? Medicamentos contra disfunção erétil, esteróides anabolizantes, emagrecedores e antineoplásicos são os fármacos de maior apreensão no Brasil. Os estados da região Sul e Sudeste apresentam o maior número de apreensões de medicamentos, possivelmente devido à localização geográfica e concentração populacional. Nesse trabalho vamos verificar as classes terapêuticas dos medicamentos apreendidos em correspondências no Rio Grande do Sul nos anos de 2016 e 2017 pela SRFB e ainda verificar se cumprem a legislação sanitária. Caixas de encomendas tipo Sedex foram contabilizadas e seu conteúdo descrito. Os produtos foram classificados por classe farmacológica, os dados referentes aos produtos foram registrados em planilhas Excel, que permitiu a avaliação e análise dos dados e assim, verificou-se que de um total de 117 caixas Sedex aprendidas pela SRFB, foi possível a classificação terapêutica dos medicamentos e quantificação da seguinte forma: anabolizantes 82%; disfunção erétil 2,6%; antineoplásicos 1,7%; abortivos 0,9%; emagrecedores 0,9% e 1,7% classificados como outros e 10,3% não possuíam identificação para avaliação. O acesso e utilização da internet, até mesmo aplicativos de mensagens instantâneas são fatores de grande relevância para a elevada quantidade desses produtos apreendidos, pois infelizmente essas tecnologias permitem grande fluxo de informações e sem fiscalização, portanto permitem a compra e a venda facilitada de medicamentos sem registro, adulterados ou até mesmo falsificados. O que oportuniza a prática desse tipo de negócio são os preços elevados e a necessidade da prescrição médica para serem vendidos, portanto, levam o consumidor a procurar outras alternativas colocando sua saúde em risco. A falsificação, adulteração ou utilização de medicamentos que não cumprem a legislação sanitária são pontos de risco para população, pois não se sabe das condições de produção, armazenamento, dose e princípio ativo. Logo, esses medicamentos podem não causar efeitos terapêuticos previstos na literatura científica, ou ainda, podem causar reações adversas severas.
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