27/11/2019 - 08:30 - 10:00 DT16 - VISA Pós-Comercialização |
32164 - FARMACOVIGILÂNCIA COMO ESTRATÉGIA PARA FORTALECIMENTO DA CULTURA DE SEGURANÇA EM HOSPITAL DO CEARÁ: DESCRIÇÃO E ANÁLISES VIVIANE NASCIMENTO CAVALCANTE - SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO HOSPITALAR DE MARACANAÚ, FRANCIMARIE TEODÓSIO DE OLIVEIRA - SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO HOSPITALAR DE MARACANAÚ, PAULO RICARDO MERÊNCIO DA SILVA - SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO HOSPITALAR DE MARACANAÚ, EUDIANA VALE FRANCELINO - UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - UFC, ANA CLÁUDIA DE BRITO PASSOS - UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - UFC
Introdução: Farmacovigilância é definida como a ciência e atividades relativas à identificação, avaliação, compreensão e prevenção de efeitos adversos ou quaisquer problemas relacionados ao uso de medicamentos com o objetivo de garantir que os benefícios relacionados ao uso desses produtos sejam maiores que os riscos por eles causados. A organização Mundial da Saúde (OMS) define reação adversa a medicamento (RAM) como qualquer resposta prejudicial ou indesejável, não intencional, a um medicamento, a qual se manifesta após a administração de doses normalmente utilizadas no homem para profilaxia, diagnóstico ou tratamento de doença ou para modificação de função fisiológica. Objetivo: Apresentar os resultados de uma análise de incidentes em farmacovigilância, em hospital do Ceará. Método: Trata-se de um estudo descritivo a partir dos registros de eventos relacionados em farmacovigilância no hospital, identificados pela Gerência de Risco no período de 01 de Janeiro a 31 de dezembro de 2018. Resultados: Nesse período houve 111 registros, sendo 36% (n=40) na área de Tecnovigilância, 33% (n=37) na área de Incidentes Assistenciais, 29% (n=32) na área de Farmacovigilância e 2% (n=2) na área de Hemovigilância. Em relação à origem das notificações em farmacovigilância 97% (n=31) foram por busca ativa e 3% (n=1) por notificação espontânea. A classificação das notificações de RAM, de acordo com a causalidade, foram 6% (n=2) reação condicional, 28% (n=9) reação definida, 28% (n=9) reação provável, 22% (n=7) reação possível, 0% (n=0) reação improvável, 16% (n=5) reação inclassificável. Quanto à gravidade as reações foram classificadas em 22% (n=7) reação leve, 56% (n=18) reação moderada, 3% (n=1) reação grave, 0% (n=0) reação fatal e 19% (n=6) reação não definida. Conclusão: As reações adversas constituem uma fração importante dos incidentes decorrentes da exposição dos pacientes a medicamentos e de seu potencial de morbimortalidade. A análise desses incidentes, contribui para a criação de uma cultura de farmacovigilância na unidade hospitalar, tornando possível identificar um amplo espectro de complicações relacionadas a terapia medicamentosa. Todavia, a escassez de notificações espontâneas demonstra uma cultura de segurança ainda incipiente, e ressalta a necessidade de ações de sensibilização aos profissionais de saúde.
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