27/11/2019 - 08:30 - 10:00 DT17 - VISA e Meio Ambiente - Água para Consumo Humano |
29526 - QUALIDADE DA ÁGUA CONSUMIDA PELA POPULAÇÃO RURAL DOS MUNICÍPIOS DE ABRANGÊNCIA DA 22ª REGIONAL DE SAÚDE DO PARANÁ ANE DANIELE RODRIGUES DO PRADO - SECRETARIA DE ESTADO DA SAUDE DO PARANÁ, 22ª REGIONAL DE SAÚDE
Uma preocupação crescente da humanidade é o abastecimento de água em quantidade e qualidade, isso ocorre em função da escassez do recurso água e da deterioração da qualidade dos mananciais. Com isso, o monitoramento da qualidade da água para consumo humano destinada à população rural torna-se imprescindível, principalmente onde há uma maior concentração de pessoas, como em comunidades rurais. Considerando os fatores de risco para ocorrência de doenças de veiculação hídrica ou entérica, que em sua maioria, encontram-se relacionadas à deficiência de infraestrutura sanitária, predominante em áreas com população de maior vulnerabilidade socioeconômica, ou ainda aquelas desprovidas de abastecimento público ou água tratada. Este trabalho teve como objetivo avaliar a qualidade da água consumida pela população da área rural abastecida por água não tratada, nos 16 municípios que abrangem a 22ª Regional de Saúde do Paraná. Seguindo os parâmetros de potabilidade da Portaria de Consolidação nº5, de 29/09/2017.
Metodologia: Realização de análise microbiológica em amostras coletadas pela Vigilância Sanitária Municipal, conforme o Manual de coleta e envio de amostras de Vigilância Ambiental, no ano de 2018. A metodologia utilizada para os parâmetros de coliformes totais e Escherichia coli foi Substrato cromogênico/enzimático, Standart Methods for the Examination of Water and Wastewater, 23ª Ed. 9223B.
Resultados: Foram coletadas 1355 amostras de água não tratada nos municípios de: Arapuã, Ariranha do Ivaí, Cândido de Abreu, Cruzmaltina, Godoy Moreira, Ivaiporã, Jardim Alegre, Lidianópolis, Lunardelli, Manoel Ribas, Mato Rico, Nova Tebas, Rio Branco do Ivaí, Rosário do Ivaí, Santa Maria do Oeste e São João do Ivaí e analisadas no Laboratório de águas da 22ª RS. Do total de 1355 amostras, somente 39,6% das amostras estavam satisfatória para o consumo humano. Ainda, 95,1% das amostras apresentaram a presença de coliformes totais e 60,4% estavam contaminadas com a Escherichia coli, vale ressaltar ainda que, somente 4,9% destas apresentaram ausência das bactérias pesquisadas.
Conclusão: O elevado percentual de amostras fora do padrão de potabilidade encontrado na área rural da 22ª RS, ocorre, devido a falta de proteção adequada dos mananciais que ficam expostos à contaminação do ambiente e a animais que contaminam a água através de seus dejetos. Este fato confirma que a inexistência do tratamento de água pode representar uma risco à saúde da população.
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