27/11/2019 - 08:30 - 10:00 DT17 - VISA e Meio Ambiente - Água para Consumo Humano |
31032 - VIGILÂNCIA EM SAÚDE AMBIENTAL NO CONTEXTO PÓS-DESASTRE DA BARRAGEM DE FUNDÃO: UM RELATO DA EXPERIÊNCIA REGIONAL DE INTEGRAÇÃO COM A VIGILÂNCIA SANITÁRIA. ALICE RODRIGUES DE MATOS - SRS/GOVERNADOR VALADARES, ALISSON MARTINS RAMOS - SRS/BELO HORIZONTE, MARINA IMACULADA FERREIRA CALDEIRA - SES/MG, ROSIANE APARECIDA PEREIRA - SES/MG, GRAZIELE MENEZES FERREIRA DIAS - SRS/PONTE NOVA, EDNEI SOARES DE OLIVEIRA - SRS/GOVERNADOR VALADARES, MARÍLIA REIS RAIDAN - SRS/GOVERNADOR VALADARES, RICARDO BEZERRA CAVALCANTE - UFJF- GV
Os municípios Aimorés, Itueta e Resplendor, situados na bacia do Rio Doce e afetados pelo rompimento da barragem de Fundão, a partir de 05 de novembro de 2015, estão sob jurisdição da Superintendência Regional de Saúde Governador Valadares (SRS/GV). Tais municípios seguem com captações de água alternativas, tendo em vista a aceitação da população e incertezas relacionadas a possíveis riscos à saúde envolvidos. Dessa forma foi necessária a integração da Vigilância em Saúde Ambiental (VSA) e Vigilância Sanitária visando as inspeções sanitárias conjuntas nos Sistemas de Abastecimento de Água (SAA). Assim, buscamos relatar a experiência do desenvolvimento das ações de VSA relacionada à qualidade da água para consumo humano, articuladas com a Vigilância Sanitária em alguns municípios da SRS/GV. A VSA, por meio do Programa VIGIAGUA, adotou ações para garantir que a água consumida atenda os padrões estabelecidos. Participaram das ações, equipes das regionais atingidas pelo desastre (SRS Belo Horizonte, Coronel Fabriciano, Governador Valadares e Ponte Nova), da Diretoria de Vigilância Ambiental e dos municípios, com acompanhamento de responsáveis técnicos e operadores dos SAA. As inspeções foram realizadas entre 08 e 10 de maio de 2018 envolvendo vistorias, desde as captações até os sistemas de distribuição, veículos transportadores, ambientes e processos de trabalho. Além disso, houve a coleta e análise de amostras de água, realizando a avaliação de documentos, procedimentos e autorizações legais relacionadas à água para consumo humano. A diversidade da equipe técnica contribuiu significativamente para identificar pontos críticos e situações de risco à saúde, recomendar e adotar as medidas cabíveis. Buscou-se orientar e assegurar o cumprimento do arcabouço legal vigente, bem como subsidiar a tomada de decisão da Câmara Técnica de Saúde responsável por orientar as ações de recuperação dos prejuízos provocados pelo desastre. A abordagem interdisciplinar contou com distintas qualificações e compartilhamento de saberes. Experiências e instrumentos de gestão regionais foram cruciais para a avaliação e intervenção sobre os complexos cenários e conflitos assistidos, decorrentes e/ou potencializados pelo desastre, fortalecendo a atuação integrada da Vigilância em Saúde neste tema universal, água destinada ao consumo humano.
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