27/11/2019 - 08:30 - 10:00 DT18 - VISA e Meio Ambiente - Áreas Contaminadas |
32067 - GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS QUÍMICOS LÍQUIDOS NO LABORATÓRIO FARMACÊUTICO DO ESTADO DE PERNAMBUCO (LAFEPE) GRAZIELE MARIA DA SILVA - ESTÁCIO, ROSY KELLY LIMA DA SILVA - UPE, MIGUEL WILSON REGUEIRA RIBEIRO - LAFEPE
Os resíduos químicos líquidos são RESÍDUOS do GRUPO B, pertencentes a CLASSE I (ABNT 10.004 – 10.007) por conterem substâncias químicas que podem apresentar riscos à saúde pública ou ao meio ambiente. O despreparo e descaso por parte de indústrias farmacêuticas, bem como outras instituições, no que diz respeito ao manejo dos seus resíduos químicos, fomentou a criação dos planos de gerenciamento dos resíduos. Cabe ao órgão ou instituição responsável, por gerar esse resíduo, estabelecer Procedimentos Operacionais Padrão (POP) para sua respectiva destinação final. Diante dessa perspectiva, quanto à destinação final dos resíduos químicos líquidos gerados nas análises no Controle de qualidade (COQUA) do Laboratório Farmacêutico de Pernambuco (LAFEPE), objetivou-se descrever os aspectos técnicos e legais relacionados ao gerenciamento desses resíduos. Logo, foi realizada uma busca documental nos setores: COQUA, Coordenadoria de Boas Práticas de Fabricação (COBPF) e Divisão de Segurança do Trabalho (DISET); Na busca, encontrou-se o POP GERAL 0046, intitulado Disponibilização de Resíduos Químicos para Descarte, conforme as legislações RDC 306/04 (ANVISA, 07/12/2004); NBR 7.500 (ABNT); NBR 12.235 (ABNT); NBR 10.004 a 10.007; Portaria 344/98 e documentos internos como: RQ GERAL 056 e RQ GERAL 057. Após as análises realizadas no COQUA os resíduos químicos líquidos foram separados para o descarte, considerada as respectivas incompatibilidades químicas e acondicionados em bombonas plásticas de alta resistência com tampa de vedação. houve acompanhamento desde a saída do COQUA até a disposição final segundo o POP GERAL 046. Na sequência, cada líquido foi mensurado e anotados os seus valores no RQ GERAL 056. Preenchidos os limites, as bombonas foram transportadas para a área externa do laboratório e esvaziada nos tanques de neutralização. Di Vitta et al (2012), Manahan (2001), Alberguini (2005), Afonso (2003) confirmam que a neutralização é eficiente de acordo com as normas exigidas. Depois de neutralizados, os resíduos foram para a Estação de Tratamento de Esgotos (ETE), para tratamento com solução de hipoclorito. É colhida uma amostra no curso de visita, porção final da ETE, enviada ao SESI para análise físico-química e microbiológica. Por fim, é realizada a disposição final obedecendo-se os padrões estabelecidos nas legislações. Apesar do exposto, faz-se necessário estudos constantes e aprofundados para reduzir os riscos e garantir a promoção da saúde da população.
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