27/11/2019 - 08:30 - 10:00 DT19 - VISA e Serviços de Saúde - Controle de Infecção/Segurança do Paciente |
32056 - ASPECTOS DAS NOTIFICAÇÕES DE LESÕES POR PRESSÃO EM BELO HORIZONTE CÉLIA CRISTINA DUARTE STARLING - PBH, ANALICE MAROTA MONTEZANO CRISPIM - PBH
Introdução A Lesão por Pressão (LP) é um problema de saúde pública universal com grande impacto na qualidade de vida de seu portador e familiares. A prevenção deste evento adverso (EA) ainda é um desafio para os profissionais e sua ocorrência prolonga a internação, aumenta o custo do tratamento e aumenta a carga de trabalho da equipe de enfermagem. Estudos nacionais apresentam incidência de até 74% em pacientes hospitalizados. A Declaração do Rio de Janeiro sobre a Prevenção das PL considerou que é possível evitá-la em pelo menos 95% dos casos, e que para enfrentar o problema deve-se avançar no desenvolvimento dos cuidados, centrando esforços na investigação, em inovações, assim como na formação das pessoas. Assim, o monitoramento desta ocorrência faz parte das estratégias para seu enfrentamento.
Objetivo Analisar os dados das LP notificadas no NOTIVISA pelos serviços de saúde.
Método Estudo transversal, descritivo e quantitativo que analisou os dados das LP notificadas pelos serviços de saúde de Belo Horizonte até 30/04/2019. Os dados foram tabulados e consolidados no programa Excel Windows 97-2003.
Resultados As LP representam cerca de 10% das notificações e são o terceiro tipo de EA mais notificado, acometendo mais pacientes do sexo masculino - 59%. De acordo com a faixa etária 2% acometeram pacientes menores que 28 dias, 4% entre 29 dias e 4 anos, 2% entre 5 e 17 anos, 37% entre 18 e 65 anos e 55% em maiores de 65 anos. Das 3561 LP notificadas 32,5% foram classificadas como estágio I, 60% estágio II, 4,5% estágio III, 0,7% estágio IV e 2% sem classificação. Quanto ao grau do dano notificaram 0,6% como sem dano, 53% leve, 44% moderado e 2,5% grave. As unidades que mais notificaram foram as UTIs 60%, seguido pelas Unidades de Internação 30% e os Centros Cirúrgicos 4%.
Conclusão Uma das estratégias para melhorar a segurança da assistência é a implementação do Protocolo para Prevenção de Úlcera por Pressão, notificação e investigação dos incidentes e implementação das medidas corretivas. O maior número de notificações em UTI, em pacientes acima de 65 anos e a maior incidência de lesão tipo I e II são consistentes com o levantamento feito por Braga et al em 2018. A quantidade de LP notificadas sugere uma tendência de subnotificação quando comparado com estudos nacionais. Os dados também apontam a necessidade de reforçar e qualificar as notificações junto aos Núcleos de Segurança do Paciente.
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