Discussão Temática

27/11/2019 - 08:30 - 10:00
DT22 - VISA e Saúde de Trabalhadores - Gestão, Formação e Planejamento/Trabalhadores da Saúde

31857 - O MUNDO (IN)VISÍVEL DOS TRABALHADORES DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA DA REGIÃO DA 8ª COORDENADORIA REGIONAL DE SAÚDE
SOLANGE TEREZINHA ALVES DE OLIVEIRA - UNISC


A pesquisa versa sobre a saúde dos trabalhadores da saúde (fiscais sanitários) da região da 8ª Coordenadoria Regional de Saúde/SES/RS, a qual foi ensejada pelas constantes queixas dos trabalhadores. Procurou-se identificar os principais fatores de risco presentes no dia a dia do trabalho dos fiscais sanitários da referida Coordenadoria de Saúde, analisando se existem fatores de riscos físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e fatores estressores que podem levar estes profissionais de saúde ao adoecimento. A atividade diária do fiscal sanitário consiste em “lidar” com estabelecimentos com grande poderio econômico e/ou político. Seu trabalho é regido por “pressões” externas e internas que vão desde prazos para liberação de alvarás sanitários, bem como avaliação de riscos sanitários. As atividades são desenvolvidas em âmbito regional, ou municipal. A maioria são mulheres, entre 46 e 55 anos, pós graduadas. Aplicou-se um instrumento de pesquisa contendo 29 questões fechadas e 03 abertas, que possibilitaram o conhecimento do perfil e dos riscos. A amostra contemplou mais de 80% do total de fiscais sanitários. Foram entrevistados 30 fiscais sanitários, após a coleta dos dados, os mesmos foram tabulados em formas de gráficos, utilizando-se o programa de Excel. Os riscos diversificados figuraram nas respostas dos fiscais sanitários, sendo exposições freqüentes e constantes a agentes biológicos e químicos, bem como a riscos físicos. O risco ergonômico restou bem evidenciado, conforme a resposta de 64% dos fiscais sanitários, o que vem justificar os adoecimentos de Lesões por Esforços Repetitivos e Doenças Osteomusculares Relacionadas ao Trabalho. Quase totalidade (83%) respondeu que não dispõem de Equipamentos de Proteção Individual. Mas, além dos riscos físicos, os fatores estressores foram os que mais chamaram atenção no resultado desta pesquisa. Procurou-se conhecer as doenças já diagnosticadas, relacionadas ao trabalho, ficando assim dispostas: 32% dos fiscais tem diagnóstico de lombalgias, sendo o mesmo percentual de 32% diagnosticados com ansiedade, seguidos por hipertensão (22%) e Lesões por Esforços Repetitivos e Doenças Osteomusculares Relacionadas ao Trabalho (20%). Diante deste cenário, constatou-se que a maioria dos fiscais sanitários da Região já se encontra adoecidos e diagnosticados com doenças relacionadas ao trabalho. Essa pesquisa evidencia a necessidade de reflexão conjunta sobre a saúde do trabalhador desta categoria.

local do evento

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