27/11/2019 - 08:30 - 10:00
DT23 - VISA e Saúde de Trabalhadores - Segmentos Diversos |
31777 - “SAÚDE NAS ESTRADAS” UMA QUESTÃO DE SEGURANÇA DOS TRABALHADORES E DA SOCIEDADE.
EDINEIA ROSA FERREIRA SANTANNA - CEREST/VR, MARCELO CAVALIERE - CEREST/VR, LUCIANA ESCOBAR MAIA - CEREST/VR, JOSÉ GUILHERME G. BUSTAMANTE - CEREST/VR, EDUARDO PUREZA - CEREST/VR
Introdução
O Programa de Saúde do Trabalhador, o Cerest e a Policia Rodoviária Federal começaram em 2017, parceria para avaliar a saúde dos profissionais de transporte de carga nas rodovias federais. Durante este período foram avaliadas as condições de saúde aproximadamente 1200 trabalhadores (caminhoneiros e ajudantes).
Justificativa
Este projeto tem por objetivo verificar as condições de saúde deste profissionais, visando orientação dos mesmos para que possam exercer suas atividades com segurança e a prevenção de doenças que possam causar mal súbito e acidentes de trabalho vitimando os trabalhadores e a população em geral.
Metodologia
Estas ações foram nomeadas de “Saúde nas Estradas”, inicialmente uma ação da PRF com o SEST/SENAT e depois passou a ser uma atividade do PST/CEREST/PRF, e consiste na montagem de uma estrutura com diversos profissionais de saúde para avaliação de glicose, pressão arterial, acuidade visual, avaliação audiométrica, Índice de Massa Corpórea (IMC), orientação sobre DST, ginástica laboral e vacinação de Hepatite, Tétano, Febre amarela entre outras e por fim avaliação e orientação médica. Durante estas abordagens verificou-se que mais de 50% dos trabalhadores avaliados apresentavam alterações de glicose e pressão, que a maioria destes trabalhadores está na faixa etária entre 30 e 59 anos, que aproximadamente 80% deles estão com sobrepeso ou com obesidade em grau elevado. Também verificou-se que aproximadamente 80% relatam fazer uso de álcool constantemente principalmente na faixa de idade relatada anteriormente. A taxa de trabalhadores que relatam ser fumante vem caindo ao logo das ações chegando a 40% dos avaliados. Alguns trabalhadores apresentavam taxa de glicemia muito elevada (acima de 300mgdl) sem saberem desta situação assim como a pressão acima de 150 mmHg. Estas alterações acentuadas pela obesidade são grandes fatores que colocam a vida destes profissionais em risco.
Conclusão
Concluímos com estas ações que estes profissionais não têm tempo para se submeterem a avaliação médica periódica e é necessário que sejam pensadas políticas públicas em Saúde do Trabalhador visando promover mais ações como estas em todo o país buscando identificar trabalhadores em risco e orientá-los quanto a necessidade de tratamento de sua saúde. A obesidade é conseqüência do sedentarismo característico da atividade, precisamos incentivar programas que possam ajudar na mudança de hábitos e a conseqüente melhoria na qualidade de vida destes profissionais.
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