27/11/2019 - 08:30 - 10:00 DT23 - VISA e Saúde de Trabalhadores - Segmentos Diversos |
32085 - ONDE ESTÁ O TRABALHADOR NO CENÁRIO DO RISCO SANITÁRIO? INTERSEÇÃO ENTRE AS AÇÕES DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA E DE VIGILÂNCIA À SAÚDE DO TRABALHADOR ADRIANA GALDINO BATISTA PEREIRA - SESAB, MARA WANDÉRLIA VASCONCELOS SANTOS - SESAB, JOCÉLIA MATOS SANTOS - SESAB
O risco sanitário traduz-se em ameaça à saúde humana podendo estar relacionado a quaisquer atividades, serviços ou substâncias. Considerando que entre essas atividades estão as de trabalho, sabe-se que na prática da vigilância sanitária (VISA), por vezes, os técnicos focam demasiadamente em estruturas físicas, prescrições e produtos, dando pouca visibilidade ao trabalhador que é o motor de todo o processo. Ademais, as normativas que respaldam a atuação da VISA incluem a percepção do risco no qual o trabalhador está exposto, a exemplo da Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 63/2011 da Anvisa que dispõem de seção específica de recomendações para proteção à saúde dos trabalhadores de serviços de saúde. Assim, esse relato tem o objetivo de apresentar a experiência de integração da VISA e da Vigilância à Saúde do Trabalhador (Visat) da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia, do Núcleo Regional de Saúde Sul Jequié (NRS), que abrange 26 municípios em sua área. A mais de duas décadas, técnicos da VISA deste núcleo vem incorporando o olhar para o trabalhador que compõe o cenário dos setores regulados, obviamente respaldados pelas respectivas legislações. Na rotina, colocam em seus relatórios recomendações voltadas a utilização de equipamentos de proteção individual e analisam Programas de Controle Médico e Saúde Ocupacional e Programas de Prevenção de Riscos Ambientais. Em 2010 foi implantado no NRS Sul/Jequié a Visat, ocasião em que, progressivamente, a lógica da vigilância em saúde integrada foi se encorpando. Tais ações são planejadas e executadas entre as vigilâncias, sempre numa perspectiva horizontal e de aprimoramento. Os principais resultados desta conexão foram: 1) promoção de atividades educativas integradas para os municípios da regional; 2) apoio institucional VISA/Visat aos técnicos de vigilância; 3) ações de inspeções sanitárias conjuntas, em unidades hospitalares, mineradoras (vanádio e níquel), artesanatos de souvenir, marmorarias, motéis, etc; 4) investigação de intoxicação exógena por agrotóxico e por amônia; 5) desenvolvimento de ações integradas de VISA/Visat pelos técnicos do nível municipal. Conclui-se, portanto, que esta visão de conexão entre as vigilâncias, além de não impedir o resguardo das especificidades de cada área, é uma potente direção de atuação, pois garante a visibilidade do trabalhador na identificação dos riscos sanitários estabelecidos nos diversos cenários de atuação da VISA, além de fortalecer em sobremaneira a Visat.
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