27/11/2019 - 08:30 - 10:00
DT24 - VISA e Laboratórios - Controle Sanitário/Metodologias Analíticas |
29487 - DESAFIOS PARA OS LABORATÓRIOS DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA PARA O CUMPRIMENTO DOS ODS DA AGENDA 2030
MYCHELLE ALVES MONTEIRO - INCQS/FIOCRUZ, THIAGO SANTANA NOVOTNY - INCQS/FIOCRUZ, AMANDA DA SILVA RIO - INCQS/FIOCRUZ, ANDRE COLONESE - INCQS/FIOCRUZ, ANTENOR ALVES DE MAGALHÃES - INCQS/FIOCRUZ, EUCLIDES QUINTINO DA SILVA FILHO - INCQS/FIOCRUZ, JOSÉ LUIZ NEVES DE AGUIAR - INCQS/FIOCRUZ, MARIA VIRGÍNIA SILVA CAVALHEIRO - INCQS/FIOCRUZ, PATRÍCIA CONDÉ DE LIMA - INCQS/FIOCRUZ, SIBELE GUIMARÃES - INCQS/FIOCRUZ, DANIELA SILVA SANTANA - INCQS/FIOCRUZ, PRISCILA SANTANA DE ALMEIDA - INCQS/FIOCRUZ, IGOR SILVA REGÔ PRADO - INCQS/FIOCRUZ, ADRIANA SANT‘ANA DA SILVA - INCQS/FIOCRUZ, SORAYA DE MENDONÇA OCHS - INCQS/FIOCRUZ
Agenda 2030 é universal e integra as dimensões econômica, social e ambiental e possui um lema central, “Ninguém deixado para trás”, onde visa a erradicação da pobreza e promoção do desenvolvimento sustentável. Para a área de saúde temos o objetivo de desenvolvimento sustentável (ODS) 3 que tem o foco de assegurar a vida saudável e promover o bem-estar. Dentre as metas do ODS 3, até 2030, é acabar com as epidemias de doenças negligenciadas (DN), como AIDS, tuberculose e malária. Um dos maiores objetivos é fortalecer os indicadores de saúde pública, capazes de fortalecer as áreas de vigilância sanitária (VISA) e regulação. Doenças negligenciadas são doenças que não só prevalecem em condições de pobreza, mas também contribuem para a manutenção do quadro de desigualdade, já que representam forte entrave ao desenvolvimento dos países. As medidas preventivas e o tratamento para algumas dessas doenças são conhecidos, mas não são disponíveis universalmente nas áreas mais pobres do mundo. Em alguns casos, o tratamento é relativamente barato. DN são um problema global de saúde pública, mas as indústrias farmacêuticas são orientadas quase sempre pelo lucro, estando o setor industrial privado focado nas doenças globais para as quais medicamentos podem ser produzidos e comercializados com geração de lucros. Com baixo poder aquisitivo e sem influência política, os pacientes e sistemas de saúde mais pobres não conseguem gerar o retorno financeiro exigido pela maior parte das empresas voltadas ao lucro. No Brasil, o Ministério da Saúde financia o programa de pesquisa e desenvolvimento em doenças negligenciadas, porém essas pesquisas são mais voltadas para as áreas de produção de medicamentos, prevenção e controle das doenças. Há poucos investimentos nas áreas de controle de qualidade de medicamentos utilizados no tratamento de DN. Medicamentos falsificados e de baixa qualidade são uma ameaça ao combate das DN, devido a possibilidade de criação de resistência ao tratamento. Então para contribuir no alcance do ODS 3 é necessário ter investimentos nos laboratórios de VISA através das criações de programas e infraestruturas para realização do controle de qualidade, afim de assegurar a qualidade, segurança e eficácia dos medicamentos ofertados à população. E para fortalecer os indicadores de saúde pública, os laboratórios de VISA devem atuar nas discussões de políticas públicas e propor estratégias para o fortalecimento de ações de promoção e proteção à saúde.
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