26/11/2019 - 14:00 - 16:00
CC1 - Gestão em Planejamento de Vigilância Sanitária |
32346 - ANÁLISE DOS INDICADORES DE SEGURANÇA DO PACIENTE E SUA INFLUÊNCIA NO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DO SUS
ZENEWTON ANDRÉ DA SILVA GAMA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE, UFRN, ALESSANDRA ANNELIESE DA SILVA SOUZA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE, UFRN, RANYELLE CHRISTIAN DIAS RODRIGUES - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE, UFRN, ALINE CAVALCANTE DE FARIAS - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE, UFRN
Introdução: A Segurança do Paciente (SP) é um importante objetivo da Vigilância Sanitária de Serviços de Saúde e da gestão dos sistemas de saúde. Para que a SP se torne uma realidade nacional, é importante que seja considerada no planejamento estratégico do Sistema Único de Saúde (SUS). Hipoteticamente, é razoável pensar que um sistema estadual de saúde que inclui a SP no seu Plano Estadual de Saúde (PES) terá melhores indicadores estaduais de SP ao final de um quadriênio de gestão, no entanto, não existem estudos descritivos com indicadores estaduais de SP nem de associação desses indicadores com o planejamento em saúde. Objetivo: Analisar a inserção da SP nos PES e se a inserção da SP nos PES influencia no desempenho dos indicadores estaduais de SP. Método: Trata-se de um estudo descritivo e de associação com dados publicados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária em 2019 e documentos oficiais dos PES do quadriênio 2016-2019 disponíveis no sistema SARGSUS. Foram considerados cinco indicadores: % de NSP com pelo menos 1 notificação (nascidos), % de NSP que notificaram no último mês (vivos), razão de incidentes notificados por NSP vivo, % de hospitais com UTI que respondem a autoavaliação das práticas de SP, % de hospitais com UTI com alta adesão às práticas de SP. Para julgar se o PES contemplou a Segurança do Paciente, foi considerada a inclusão do tema nas Diretrizes, Objetivos, Metas e/ou Ações. Realizou-se uma análise descritiva do desempenho dos indicadores e análise da diferença de médias entre as UF que contemplaram ou não a SP com teste t de Student para amostras independentes. Resultados: Dentre as 27 UF, 13 (48%) contemplam a SP nos PES. Houve importante variação do desempenho dos indicadores estaduais de SP. Contudo, para os indicadores mensurados, o desempenho estadual não tem grande diferença de médias entre os grupos que contemplam ou não a SP nos PES (p>0,05). Conclusões: 1) Metade dos PES 2016-2019 não contemplou a SP; 2) Mencionar a SP nos PES não é garantia da obtenção de melhores indicadores estaduais de SP ao final do quadriênio de gestão; 3) Para identificar a relação entre planejamento do sistema de saúde e SP, é necessário identificar variáveis mais sensíveis para além das informações no PES, talvez considerando planos municipais, programações anuais de saúde e relatórios anuais de gestão. Futuros estudos devem ser realizados para mensurar a SP no sistema de saúde e analisar sua possível relação com o planejamento do SUS.
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