26/11/2019 - 14:00 - 16:00 CC1 - Gestão em Planejamento de Vigilância Sanitária |
32392 - USO DE ADOÇANTES DIETÉTICOS PELA POPULAÇÃO NA ATENÇÃO BÁSICA NO SUS, BRASIL: CONTRIBUIÇÂO ÀS REFLEXÕS SOBRE RISCOS À SAÚDE E REGULAÇÃO SANITÁRIA BIANCA MARIA SANTOS DA PAZ - UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA E VIGILANCIA SANITÁRIA MUNICIPAL, EDINÁ ALVES COSTA - UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA E VIGILANCIA SANITÁRIA MUNICIPAL
INTRODUÇÃO: Mudanças epidemiológicas e no estilo de vida, padrões estéticos e inovações tecnológicas na área de alimentos vem interferindo nos hábitos alimentares, incluindo o uso frequente de adoçantes e outros produtos dietéticos, no Brasil. O aumento na produção e no consumo dos adoçantes dietéticos não tem sido acompanhado de estratégias para identificação e controle de possíveis riscos à saúde e para o uso racional destes produtos. OBJETIVO: Caracterizar o perfil demográfico e socioeconômico dos usuários de adoçantes dietéticos na população usuária da Atenção Básica (AB) no SUS, nas regiões do Brasil. MÉTODOS: Estudo transversal descritivo, com dados da PNAUM - Pesquisa Nacional sobre Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de Medicamentos, instituída pelo Ministério da Saúde, que entrevistou 8803 usuários do SUS, em serviços na AB, numa amostra de municípios pelas regiões do Brasil, que constituem domínios da pesquisa. Realizou-se este estudo com uma subamostra constituída de 1802 autodeclarados usuários de adoçantes dietéticos, investigando-se características demográficas, sócioecônomicas, referência de diagnóstico de diabetes mellitus e condição de saúde autoreferida. Para análise dos dados utilizou-se o programa SPSS e o Teste do Qui Quadrado. RESULTADOS: 21% dos entrevistados na PNAUM declararam usar adoçantes dietéticos. Predominaram as mulheres, faixas etárias mais elevadas, escolaridade fundamental, estado civil casado, classe econômica codificada (ABEP) C, com variações entre as regiões. No Brasil, dos usuários de adoçantes dietéticos, 10,6% dos homens e 28,3% das mulheres referiram ter diagnóstico de diabetes, com diferenças estatísticas significantes entre as regiões. A maioria dos usuários definiu sua saúde como boa ou nem boa nem ruim. CONCLUSÃO: Constatou-se largo uso de adoçantes dietéticos na população usuária da AB/SUS, nas regiões do Brasil, com distribuição desigual entre as regiões. Face a indicativos, na literatura, de riscos à saúde relacionados a esses produtos, ressalta-se a importância de investigações sobre o tema e de intervenções pela vigilância sanitária, para proteger a saúde da população, especialmente dos grupos mais vulneráveis, crianças, gestantes, idosos e portadores de determinadas patologias.
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