26/11/2019 - 16:30 - 18:00 CC2 - Vigilância Sanitária de Alimentos |
29654 - TEORES DE AÇÚCARES EM ALIMENTOS INDUSTRIALIZADOS CLÁUDIA APARECIDA DE OLIVEIRA E SILVA - FUNED, LILIANE FERNANDES DOS SANTOS - FUNED, JEANE GRAZIELE DE CARVALHO - FUNED, PRISCILA ALVES LIMA - FUNED, FLÁVIO RODRIGUES PEREIRA - FUNED, SARA ARAÚJO VALLADÃO - FUNED
O consumo elevado de alimentos industrializados, aliado a falta de atividade física e a ingestão insuficiente de alimentos in natura, são hábitos da atualidade que favorecem a ocorrência de doenças crônicas não transmissíveis. A redução do consumo de sódio, gordura e açúcar tem sido foco das discussões em saúde pública, proporcionando ações relacionadas a redução do consumo excessivo e a reformulação de alimentos industrializados. Em 2018 o Ministério da Saúde (MS) publicou o “Plano de redução de açúcares em alimentos industrializados” e assinou com a indústria de alimentos uma carta acordo oficializando a intenção de diminuir o uso de mais de 140 mil toneladas de açúcares nos alimentos até 2022. Neste trabalho teve-se como objetivo levantar os teores de açúcares em alimentos contemplados no plano de redução do MS, visto que tal informação não é de declaração obrigatória na rotulagem nutricional e avaliar a contribuição destes na ingestão diária recomendada pela Organização Mundial da Saúde e Anvisa (10% da ingestão calórica total, para dieta de 2.000 Kcal). Em 2018 foram coletadas pelas Vigilâncias Sanitárias municipais e analisadas pelo Laboratório Central de Saúde Pública de Minas Gerais - Fundação Ezequiel Dias, 21 amostras de alimentos industrializados, sendo 11 de lácteos (bebidas fermentada e não fermentada, iogurte e sobremesa láctea) e 10 de pó para preparo de bebida ou bebida pronta não alcoólica (refresco, achocolatado em pó, refrigerante e suco). Os açúcares totais foram determinados pela técnica Lane-Eynon, baseada no método 040/IV do compêndio de métodos físico-químicos para análise de alimentos do Instituto Adolfo Lutz. Para comparação com a ingestão recomendada, as porções foram padronizadas para 100 g ou mL do produto pronto para o consumo. Dentre os derivados lácteos, o teor de açúcares variou entre 10,3 a 18,3 g/100 g ou mL e a sobremesa láctea apresentou o maior teor médio (18,2 g/100 g). Para as bebidas não alcoólicas, obteve-se teores de açúcares entre 0,6 e 11,9 g/100 mL, sendo o refrigerante a bebida com maior média (9,2 g/100 mL). A contribuição na ingestão diária variou entre 21 e 37% para os derivados lácteos e entre 1 e 24% para as bebidas não alcoólicas, com médias de 28% e 16%, respectivamente. Visto a relevância do consumo dos alimentos avaliados, dos teores e das contribuições obtidas neste estudo, reforça-se a importância do monitoramento e da execução do plano de redução proposto pelo MS.
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