Comunicações Coordenadas

26/11/2019 - 16:30 - 18:00
CC4 - Vigilância Sanitária de Medicamentos e Sangue

29272 - DETERMINAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE DUAS TÉCNICAS DE ANTISSEPSIA CUTÂNEA UTILIZADAS EM DOADORES DE SANGUE
MARINA SMIDT CELERE MESCHEDE - UFOPA, SUSANA INÉS SEGURA MUñOZ - EERP


Existem várias fontes de contaminação microbiana de um hemocomponente, a principal delas ocorre quando microrganismos presentes na microbiota da pele do doador de sangue são encaminhados à bolsa de coleta no momento da punção venosa, quando uma antissepsia ineficiente é realizada. Essa fonte é considerada a causa prioritária de contaminação de concentrados de plaquetas e hemácias nos serviços de hemoterapia. Cabe ressaltar que vários microrganismos estão envolvidos no processo de contaminação do hemocomponente, sendo os mais frequentes aqueles de origem bacteriana. No presente estudo foi avaliado a atividade antimicrobiana de duas técnicas de antissepsia cutânea utilizadas rotineiramente em doadores de sangue em um serviço de Hemoterapia localizado na cidade de Ribeirão Preto. Esse estudo teve como objetivo principal, estabelecer e comparar o percentual de redução microbiana em 50 doadores de sangue antes e após a aplicação de duas técnicas de antissepsia cutânea. Em cada braço do doador foi aplicado uma técnica de antissepsia, na primeira técnica utilizou-se o Polivinilpirrolidona-iodo (PVPI) degermante a 10% em movimentos de descida e subida por 30 segundos combinado com o PVPI a 10% em movimento circular único do centro para a periferia aplicados 30 segundos antes da punção venosa. Na segunda técnica foi utilizada solução de digluconato de clorexidina alcoólica a 0,5% em movimentos de descida e subida por 30 segundos e esperado secar por mais 30 segundos para a posterior punção venosa. Foram coletados swabs cutâneos no local da punção antes e após a aplicação de ambas as técnicas de antissepsia. Os swabs foram semeados em meio de cultura Ágar Sangue, Ágar Manitol Salgado e Ágar Mac Conkey e colocados em estufa à 37ºC por um período de 48 horas. Após esse período, foi realizada a contagem das colônias que cresceram nos meios de cultura. A técnica com PVPI a 10% obteve um percentual médio de redução microbiana de 98,57% no meio de cultura Ágar Sangue, 98,87% no meio de cultura Ágar Manitol Salgado e 100% no meio Mac Conkey. Já a técnica com clorexidina a 0,5% obteve percentual médio de redução microbiana de 94,38% no meio de cultura Ágar Sangue, 95,06% no meio Ágar Manitol Salgado e 100% no meio de cultura Mac Conkey. As análises estatísticas evidenciam que a técnica com PVPI a 10% obteve maior redução microbiana, sendo considerada, no presente estudo, mais eficaz que a Técnica com clorexidina a 0,5%.

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