26/11/2019 - 16:30 - 18:00 CC4 - Vigilância Sanitária de Medicamentos e Sangue |
29584 - INCIDÊNCIA DE INFECÇÃO RELACIONADA À ASSISTÊNCIA NOS SERVIÇOS DE HEMODIÁLISE DO ESTADO DA BAHIA EM 2018 IVETE TEIXEIRA SILVA FERRETTI - DIVISA, FÁTIMA MARIA NERY FERNANDES - DIVISA
Introdução: As infecções relacionadas à assistência à saúde-IRAS nos pacientes com insuficiência renal submetidos ao tratamento hemodialítico, representam desafios para os profissionais da saúde, sobretudo em decorrência do risco de infecção relacionada ao acesso vascular, considerando que a utilização de cateter central temporário é uma prática bastante comum nesta população, não só por representar acesso imediato para hemodiálise, mas também quando outros acessos não estão disponíveis. A variabilidade de fatores de risco que predispõem a essas complicações têm sido frequentemente investigadas na literatura. Objetivo: analisar a incidência de infecção relacionada à assistência nos serviços de hemodiálise (HD) do Estado da Bahia em 2018. Metodologia: Realizou-se um estudo epidemiológico retrospectivo, descritivo, com os pacientes renais crônicos que realizaram HD nos 40 (100%) serviços de diálise do Estado, e que enviam regularmente seus indicadores de IRAS, onde a coleta de dados foi obtida, através dos relatórios dos serviços de diálise enviados ao Núcleo Estadual de Controle de Infecção da Bahia. Resultados: Observou-se uma densidade de incidência de infecção de 3,0‰ pacientes em sessão. Já as Infecções Primárias de Corrente Sanguínea-IPCS associadas ao cateter temporário apresentaram taxa de 6,4‰ cateteres temporários/dia; as IPCS associadas a cateter permanente foram de 4,6‰ cateteres/dia e as relacionadas à Fístula arteriovenosa foram de 0,4‰ fístulas/dia. A taxa de mortalidade foi de 1,5% e a taxa de hospitalização dos pacientes em programa de hemodiálise foi de 3,7%. O micro-organismo mais frequente e responsável pelas infecções foi o Staphyloccus coagulase negativo representado por 29,2% dos casos de IRAS. Conclusão: Estudos desta natureza têm sua relevância, considerando que demonstram a magnitude das infecções em pacientes renais crônicos que são imunossuprimidos em virtude da sua doença de base e que têm exposição frequente do acesso vascular. Dessa forma, faz-se necessária a intensificação da vigilância dos fatores de risco da infecção para, posteriormente, implementar medidas de prevenção e controle.
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