26/11/2019 - 16:30 - 18:00 CC4 - Vigilância Sanitária de Medicamentos e Sangue |
31787 - COMPLICAÇÕES DOS ACESSOS VASCULARES DE PACIENTES EM HEMODIÁLISE DE UM HOSPITAL DE MÉDIA E ALTA COMPLEXIDADE NO INTERIOR DA AMAZÔNIA BRASILEIRA MONICA KARLA VOJTA MIRANDA - UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ, BRENDA DOS SANTOS COUTINHO - UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ, CRISTIANO GONÇALVES MORAIS - UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DO PARÁ, TAINÃ DA SILVA LOBATO - UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ, TAYANA DE SOUSA NEVES - UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ, ANTONIA IRISLEY DA SILVA BLANDES - UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DO PARÁ, EMANUEL PINHEIRO ESPOSITO - UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ, LUIZ FERNANDO GOUVÊA-E-SILVA - UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
Introdução: Cerca de 30% dos pacientes em hemodiálise (HD) hospitalizados têm como causa de internação a construção ou complicações dos acessos vasculares utilizados na terapia. Objetivo: Analisar o uso dos acessos vasculares em pacientes sob hemodiálise em um hospital de referência do oeste do Pará. Método: Trata-se de uma pesquisa descritiva, retrospectiva e de abordagem quantitativa, que incluiu as informações de 135 prontuários de pacientes (renais crônicos) no primeiro ano de realização de HD em um hospital de média e alta complexidade, localizado no município de Santarém-Pará. O ingresso do paciente ocorreu no período de agosto de 2008 a dezembro de 2016. Os dados foram analisados a partir da estatística descritiva (programa BioEstat 5.2). Resultados: Notou-se que 53,3% dos pacientes eram do sexo masculino, 68,8% encontravam-se na faixa etária de 20 a 59 anos de idade, 70,4% eram pardos, condizente com a etnia predominante da região do estudo e 56,4% tinham como doença de base, a hipertensão arterial sistêmica e/ou o diabetes mellitus. Quanto ao uso dos acessos vasculares, observou-se que no seu primeiro ano de tratamento, 56,3% chegaram a usar dois acessos nesse período, 24,4% utilizaram três, 11,9% quatro e 3,7% cinco. O acesso mais utilizado por estes pacientes durante o período foi o cateter venoso central (CVC) (50,6%), seguido pela fístula arteriovenosa (FAV) (49,1%) e a prótese arteriovenosa (0,4%). Entretanto, a modalidade de primeiro acesso mais incidente foi a FAV (54,1%), dado que muitos pacientes eram advindos de outro hospital (57,8%) e já haviam construído a FAV. O local de inserção do CVC mais utilizado foi a veia jugular direita (41,9%). Quanto as complicações dos acessos, houveram 275 notificações no período, sendo a FAV responsável por 68% destas e o CVC por 32%. As intercorrências de maior ocorrência do CVC foram infecção local (36,4%), cateter solto/exteriorizado (14,8%) e resistência de fluxo (13,6%). Já da FAV foram o hematoma (27,8%), dificuldade de punção (15%) e FAV sem fluxo/parada (11,8%). Conclusão: Concluiu-se que durante o período de um ano o uso do CVC predominou, contudo, como primeiro uso ao chegar no hospital foi a FAV. Além disso, chegou-se a observar a troca do acesso por até 5 vezes durante um ano. Como complicações, a FAV obteve maior frequência, sendo o hematoma e a dificuldade de punção os mais presentes. Já no CVC, a infecção local e o cateter solto/exteriorizado foram os mais frequentes.
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