26/11/2019 - 14:00 - 16:00 CC5 - Vigilância Sanitária e Segurança do Paciente |
29495 - ANALISE DA CULTURA DA SEGURANÇA DO PACIENTE RELACIONADA AO CONTROLE DE INFECÇÃO EM UM SERVIÇO DE ATENÇÃO OBSTÉTRICA: PERCEPÇÃO DOS PROFISSIONAIS THEO DUARTE DA COSTA - UFRN, ISABELLE CRISTINA BRAGA COUTINHO CUNHA - UFRN, RAYANE SARAIVA FELIX - UFRN, RAYSSA HORACIO LOPES - UFRN
A preocupação com a Segurança do Paciente (SP) assumiu um espaço privilegiado nos serviços de saúde, com relação as infecções estas estão entre os principais eventos indesejáveis ocorridos. No entanto as falhas do sistema de prestação de cuidados, são consequências do encadeamento de fatores sistêmicos. Particularizando para os serviços obstétricos, pode-se dizer que é de grande importância considerar a existência de riscos envolvidos na assistência as mulheres e ao seu concepto, sendo necessário garantir a redução da mortalidade materna e neonatal, resultantes dos erros de práticas inadequadas. O presente trabalho é um recorte dos resultados de uma dissertação de mestrado que teve o objetivo de analisar a existência de uma cultura de segurança nos serviços obstétricos. Este é de natureza descritiva, exploratória e de abordagem quantitativa desenvolvido em uma maternidade pública com aplicação do instrumento HSOPSC. A população do estudo foram os 240 profissionais da assistência e sua amostragem correspondeu a 105 respondentes. A coleta dos dados foi realizada nos meses de maio e agosto de 2018 após aprovação pelo Comitê de Ética e Pesquisa. Com relação a segurança do paciente, 57,1% relatam que esta é comprometida em função da maior quantidade de trabalho, enquanto que, 38,1% mostram que os procedimentos e sistemas não são adequados para prevenir a ocorrência de erros, métodos como higienização das mãos, esterilização de materiais, e técnicas assépticas em procedimentos podem ser negligenciados. Vale salientar que 70,5% relataram que o número de profissionais não é suficiente para a carga horária de trabalho. Além disso 39,0% relatam não receber informações sobre mudanças implementadas a partir dos relatórios de eventos e 38,1% mencionaram que não são informados sobre os erros que acontecem na unidade ou não relacionam o surgimento de infecções com a ausência de técnicas corretas. Quando o erro ocorre, mas é compreendido como sem risco de dano ao paciente, 54,3% mostraram respostas negativas sobre a necessidade de notificação destes casos, o que indica a necessidade de ações urgentes de modificações das práticas.. Com isso considera-se que o nível de segurança nas ações do serviço é preocupante, visto que a ocorrência de eventos é difícil de ser identificada devido a subnotificação o que impacta negativamente a prática assistencial.
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