26/11/2019 - 14:00 - 16:00 CC5 - Vigilância Sanitária e Segurança do Paciente |
29577 - SEGURANÇA DO PACIENTE RELACIONADA A QUEDAS EM SERVIÇOS DE SAÚDE DO BRASIL: ANÁLISE DO PERÍODO DE MARÇO 2014 A JANEIRO DE 2019 RAYSSA HORACIO LOPES - UFRN, THEO DUARTE DA COSTA - UFRN, KARINY KELLY DE OLIVEIRA MAIA - UFRN, ISABELLE CRISTINA BRAGA COUTINHO CUNHA - SMS/NATAL
Quedas são fenômenos multifatoriais caracterizados pelo deslocamento não intencional do corpo para um nível inferior à posição inicial, capazes de provocar danos às pessoas acometidas, inclusive o óbito. Em serviços de saúde, a sua ocorrência, configura-se como uma falha com possibilidade de consequências que geram aumento no tempo de internação, onerando os custos da atenção e refletindo rupturas na qualidade do serviço. Diante da magnitude destas nos serviços de saúde, como eventos adversos evitáveis, instituiu-se no país, desde 2013 o protocolo de prevenção de quedas. Tal protocolo foi enfatizado como uma das áreas de atuação da Segurança do Paciente em todo o território nacional, orientada pela Vigilância Sanitária. Este estudo objetiva analisar as notificações de incidentes do tipo queda no Brasil no período de 2014 a 2019, através de pesquisa descritiva, de caráter documental, desenvolvida a partir de dados secundários disponibilizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) nos relatórios de notificações dos núcleos de segurança do paciente (NSP). Os dados apresentados no relatório destacam que, foram notificados pelos NSP 31.295 quedas, entre março de 2014 a janeiro de 2019, das quais 37,4% foram tipificadas como perda do equilíbrio e 31,3% tiveram a cama como local da ocorrência. Destas quedas, 76 tiveram como desfecho o óbito relacionado ao incidente. As quedas aparecem em 4º lugar dentre os tipos de incidentes notificados no período estudado. Tais dados evidenciam um problema comum em território nacional e possivelmente ainda subnotificado. A literatura aponta a ligação das quedas com os extremos de idades, especialmente idosos, que por sua condição, podem apresentar perda do equilíbrio, o que associado ao uso de determinados medicamentos, tem o risco de queda elevado em relação ao restante da população. Embora seja baixa a morbidade por este incidente, os dados não revelam as consequências em termos de aumento do período de internação, necessidade de outros procedimentos, bem como custos gerados para os serviços de saúde. É mister a adoção de medidas de prevenção adequadas, que devem partir de uma análise diária do grau de risco de quedas dos pacientes internados, especialmente dirigidas aos idosos, bem como a necessidade de notificação pelos NSP, para que os fatores intrínsecos e ambientais associados sejam objetos de análise visando a sua prevenção com melhoria da qualidade dos serviços.
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