28/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC32d - Notificação e vigilância da violência  | 
        
        
		  
					 
          				
						 23780 - DESOCUPAÇÃO NOTURNA E DEMOLIÇÃO: REPRESENTAÇÕES SOBRE A VIOLÊNCIA E A RESISTÊNCIA DO IASERJ FATIMA SUELI NETO RIBEIRO - UERJ, LARISSA MACIEL - UERJ, ISABELLE DA SILVA DE OLIVEIRA - UERJ, ERIANE DA SILVA BAHIA - UERJ, GUILHERME MENDES DA SILVA - UERJ, BEATRIZ LOUISE COSTA THEMÍSTOCLES - UERJ, LILIANE SIQUEIRA DE OLIVEIRA - UERJ, MARCELLE DE PAULA FIGUEIRA - UERJ, THAINÁ SANTANA DA SILVA - UERJ
					
  
					Apresentação/Introdução A rede hospitalar no estado RJ em 2012 sofreu fortes abalos. Foram municipalizados os hospitais Albert Schweitzer e Rocha Faria, o Azevedo Lima estava sem emergência e leitos. O Anchieta e São Sebastião foram fechados, assim como Hospital Central do Instituto de Assistência dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro (IASERJ). Estima-se que desde 2005 foram desativados sete mil leitos no estado
  
 	Objetivos Este trabalho analisa o processo de desativação do Hospital Central do IASERJ, entre 2007 e 2012, em particular as representações sociais nos movimentos de resistência dos servidores e o desfecho no âmbito do jurídico e a impunidade do gestor.  
  
 	Metodologia A teoria de base é a questão da comunicação e o uso da violência para manter os valores do poder econômico no modo de entender, registrar e intervir na sociedade. Estratégias que os gestores da saúde vêm adotando com o apoio dos veículos de comunicação e a lentidão do judiciário. Situação que se relaciona com questões de ordem histórica, científica e política.  Com este aporte, determinam a visibilidade seletiva de fatos, as explicações e as medidas sanitárias que afetam a perspectiva social da crise da saúde. Através de análise documental de atas, relatórios e registros de mídia escrita, o processo do IASERJ será descrito por uma linha do tempo que ilustra a ação pública no RJ
  
 	Resultados Em 2007 a ALERJ destinou R$10 milhões para o IASERJ e o prédio foi doado ao INCA. Em 2008 unidades do IASERJ municipalizadas são repassadas à Organização Social. Em 2010, 718 equipamentos foram doados. Em 2011 o atendimento abrangia 100 mil usuários com 12 mil consultas/mês. Em 2012 foi ocupado por servidores e familiares e a justiça vinculou a transferência paulatina de pacientes à informação pública com 48h de antecedência. Em 13/07 cartazes foram afixados e na madrugada de 14/07 foram removidos 52 pacientes sob Tropa de Choque da Polícia Militar e profissionais sem identificação. O governo refere que a transferência foi tranquila e na mídia há relatos de violência e uso de força bruta. 
  
 	Conclusões/Considerações A violência no IASERJ expressa um modus operandi que conflita com direitos humanos 	e ainda persiste no RJ. Processos do Min Público foram extintos por perderem o objeto, o governo condenado a repor 349 leitos de UTI não obedeceu, nem pagou multas. Após a demolição, obras estão paradas desde 2015 por envolvimento com a Lava Jato. Insucessos da reação social e apoio midiático expressam compromisso em salvaguardar os interesses do capital na saúde.
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