Comunicações Orais Curtas

29/07/2018 - 08:00 - 09:50
COC32g - Violência física, psicológica e sexual ao longo da vida

23310 - VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA: UMA ANÁLISE A PARTIR DAS PERCEPÇÕES DE MULHERES DE UM MUNICÍPIO DO INTERIOR DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PAULO RICARDO FAVARIN GOMES - UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DO SINOS UNISINOS


Apresentação/Introdução
A medicalização do parto impõe a subjugação da mulher à violência. No Brasil tal situação se evidencia pelo alto número de cesarianas e também pela falta de espaço destinado ao acolhimento para o parto, vestes inadequadas, prática da episiotomia, etc. Nesse contexto, questiona-se: quais as situações de violência (velada e explícita) vivenciadas pelas mulheres durante os períodos do parto?


Objetivos
Identificar a percepção das mulheres sobre o seu protagonismo durante o parto e analisar as suas compreensões acerca de situações de violência obstétrica por elas vivenciadas.


Metodologia
Utilizou-se de abordagem qualitativa, descritiva e exploratória. Os dados foram analisados de forma indutiva. Buscou-se aprofundamento sobre os processos positivos e negativos das experiências relatadas, associando-as às fontes bibliográficas utilizadas. A população do estudo é formada por cinco mulheres de uma cidade do interior do RS, maiores de dezoito anos, que tiveram o parto tanto no SUS quanto no sistema privado, em um período de até três meses antes da entrevista. Foi utilizada a técnica de snowball para selecioná-las no âmbito do projeto “Atenção à Saúde da Mulher”. Empregou-se entrevista semi-estruturada, com assinatura do TCLE e gravação em áudio para transcrição e análise.


Resultados
Evidenciou-se que apenas uma das cinco entrevistadas “optou” pela cesariana, sendo a única que utilizou o sistema privado e referiu sentir certo protagonismo. As demais entrevistadas, mesmo não referindo protagonismo e tampouco tendo relatado situações de violência obstétrica, manifestaram ter conhecimento de relatos de situações envolvendo outras mulheres que incluíam beliscões e violência verbal. Uma das participantes relatou que presenciou imposição de silêncio a outra mulher que gritava demais, sendo-lhe ofertado um pano para que ela mordesse. Percebe-se que a violência obstétrica tem muitas nuances e não se resume somente às situações explícitas.


Conclusões/Considerações
Diante do exposto, percebe-se que a violência obstétrica tem muitas facetas e não se resume somente às situações físicas e verbais. O desconhecimento dos direitos e a má qualificação profissional são agravantes para continuidade das agressões, como relatado por três participantes do estudo. Por isso, faz-se necessário a conhecimento dos direitos no âmbito da microesfera do sistema de saúde e adequada qualificação dos profissionais.

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