27/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC32b - Relações violentas entre parceiros íntimos  | 
        
        
		  
					 
          				
						 23879 - PREVALENCIA DA VIOLÊNCIA POR PARCEIRO ÍNTIMO E PERFIL DE SINTOMAS E QUEIXAS ENTRE MULHERES ATENDIDAS EM PRONTO SOCORRO DA REGIÃO CENTRAL DE SÃO PAULO GABRIELA BELLINI DE SOUZA - FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA SANTA CASA DE SÃO PAULO, LAÍS POTENZA CAMPOS - FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA SANTA CASA DE SÃO PAULO, VICTORIA ZAVANELLI MANZANO - FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA SANTA CASA DE SÃO PAULO, MARTA CAMPAGNONI ANDRADE - FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA SANTA CASA DE SÃO PAULO, RODRIGO CALADO SILVA - FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA SANTA CASA DE SÃO PAULO, TÂNIA DI GIACOMO LAGO - FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA SANTA CASA DE SÃO PAULO
					
  
					Apresentação/Introdução Mulheres que sofrem violência doméstica seja do tipo psicológica, física e/ou sexual estão mais suscetíveis a impactos negativos na saúde. Estudos realizados em vários países mostram maiores proporções de doenças mentais, doenças sexualmente transmissíveis, distúrbios gastrointestinais e problemas ginecológico em mulheres que referem ter sofrido violência perpetrada por parceiro na vida.
  
 	Objetivos Estimar a prevalência da violência infringida pelo mais recente parceiro íntimo e sua associação com sintomas relatados pelas mulheres que procuraram o serviço de Pronto Socorro Ginecológico da Santa Casa de São Paulo (PSDOGI). 
  
 	Metodologia Esta é uma análise parcial de um estudo transversal de iniciação científica, resultado da aplicação do questionário “Saúde da Mulher, Relações Familiares e serviços de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS)”. O estudo foi aplicado em 221 mulheres de 18 a 49 anos que procuraram o PSDOGI entre outubro de 2017 e janeiro de 2018. Foram utilizados testes de associação (qui-quadrado) para calcular a prevalência da violência infringida pelo último parceiro e para estimar a associações dos tipos de violência com sintomas físicos e psicológicos referidos. A escala SRQ-20 foi utilizada para medir Transtornos Mentais Comuns (TMC), sendo considerado positivo para uma pontuação maior ou igual a 7.
  
 	Resultados Do total de 221 mulheres entrevistadas até o momento, 40.69%(N=94) reportaram ter sofrido algum tipo de violência pelo último parceiro e, destas mulheres, 72.34% (N=68, p<0.001) tinham TMC. Dentre os motivos relatados sobre a ida ao PSDOGI, destacam-se sangramentos (N=36, 16.29%), dor em baixo ventre (N=34, 15.38%) e dores/complicações na gravidez (N=16 ,24%). Das 94 mulheres que sofreram algum tipo de violência por seu último parceiro, houve uma frequência de 64.98%, para dores de cabeça, 30.85% , para dor na relação sexual e 75.53% para dor em baixo ventre, todos significativos ( p<0,05).
  
 	Conclusões/Considerações Foram encontradas altas frequências de sintomas físicos e psicológicos em mulheres expostas à violência por parceiro íntimo. Isso mostra que a violência doméstica continua a ser uma grave questão de saúde pública, muitas vezes invisível aos olhos dos profissionais de saúde responsáveis pelo diagnóstico e tratamento das mulheres.
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