27/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC32b - Relações violentas entre parceiros íntimos  | 
        
        
		  
					 
          				
						 25040 - PREVALÊNCIA DAS VIOLÊNCIAS PERPETRADA PELO PARCEIRO ÍNTIMO: ESTUDO EM UMA MATERNIDADE PÚBLICA MAYARA ALVES LUIS - UFES, FRANCIELE MARABOTTI COSTA LEITE - UFES, DHERIK FRAGA SANTOS - UFES, LETICIA PEISINO BULERIANO - UFES, BRUNA VENTURIM - UFES
					
  
					Apresentação/Introdução A violência contra mulher é considerada um problema de saúde pública
 mundial, sendo a maior parte dessa violência cometida pelo parceiro íntimo (OMS,
 2002). Dentre os tipos de violência perpetrada pelo parceiro são mais comuns as a
 violência psicológica e física, sendo a violência sexual de difícil delimitação, pois em
 muitas culturas a relação sexual é tida como um dever da esposa (DANTAS–BERGER,
 2005).
  
 	Objetivos Identificar as prevalências de violência contra a mulher cometida por
 parceiro íntimo do tipo psicológica, física e sexual, ao longo da vida, no último ano e na
 gestação.
  
 	Metodologia Estudo descritivo, realizado em uma maternidade pública da Grande
 Vitória, Espírito Santo. Foram entrevistadas 330 puérperas com no mínimo 24 horas de
 pós-parto que tiveram parceiro íntimo durante a gestação. A entrevista aconteceu de
 agosto a outubro de 2017. Foi utilizado um formulário validado pela OMS para uso no Brasil, com objetivo de rastrear as violências praticadas
 pelo parceiro íntimo do tipo psicológica, física e sexual. Tais violências foram
 abordadas quanto à ocorrência alguma vez na vida, nos últimos 12 meses e na gestação.
 Análises bivariadas foram feitas pelo teste qui-quadrado de Pearson, adotando-se um
 nível de significância de 5%. O pacote estatístico foi o Stata 13.0.
  
 	Resultados Quando analisado os dados de violência ao longo da vida, nota-se que das
 330 participantes do estudo, cerca de 40,0% afirmou ter sofrido violência psicológica,
 30,0% sofreram violência física e 12,4% vivenciaram o abuso sexual por parte do
 companheiro. Nos últimos 12 meses anteriores à entrevista, os dados mostram que a
 violência psicológica aconteceu para 17,0% das mulheres, enquanto que para a física e
 sexual o percentual foi de 8,0% e 3,0% respectivamente. Durante a gestação a
 prevalência de mulheres vitimizadas foi menor, sendo 11,0% abusadas
 psicologicamente, 4,2% fisicamente e menos de 1,0% sofrearam violência sexual pelo
 parceiro íntimo.
  
 	Conclusões/Considerações A violência é um fenômeno que se encontra presente nos diferentes ciclos
 de vida da mulher. Esse agravo constitui uma preocupação uma vez que contribui de
 forma negativa para a saúde da mulher, e, no caso da gestante atua negativamente na
 saúde do binômio mãe-filho. Nesse sentido, os profissionais devem estar atentos a
 violência e buscar rastreá-la nos diferentes momentos de assistência à mulher.
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