27/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC32b - Relações violentas entre parceiros íntimos |
27724 - VIOLÊNCIA INTERPESSOAL OU AUTOPROVOCADA: FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS DA SAÚDE NO CONTEXTO DE VIOLAÇÕES DE DIREITOS. MÉRCIA CRISTINA DA SILVA ASSIS - ASCES - UNITA, SORAIA COSTA DA SILVA - ASCES - UNITA, JOÃO PAULO MACIEL C. DE ALBUQUERQUE - ASCES - UNITA
Período de Realização Outubro de 2017 a dezembro de 2017.
Objeto da Experiência A formulação de espaços de Educação Permanente para debater as diversas expressões da violência e a necessidade de notificá-las.
Objetivos Construir espaços de educação permanente com o intuito de dialogar sobre as violências e as notificações necessárias, com os profissionais de saúde vinculados a USF Dr. Paulo Miranda e a graduação de Serviço Social da Faculdade ASCES UNITA, ambas situadas no município de Caruaru/PE.
Metodologia Criaram-se espaços de Educação Permanente com médicos, profissionais da USF e estudantes da graduação em Serviço Social. Foram realizados 3 encontros, onde discutiu-se a identificação das violências no contexto institucional. Utilizou-se metodologia em grupo que estimulou o diálogo e as reflexões. Utilizaram-se recursos multimídia, bem como dos instrumentais de notificação de violências, disponibilizados pelo Ministério da Saúde. O preenchimento do instrumental se deu após estudo de casos.
Resultados A partir de diálogos nos encontros, os participantes identificaram contextos de violências observados no cotidiano da prática profissional e de estágios. Observaram que tais situações são negligenciadas e não incluídas na percepção; e tais elementos determinam o contexto de saúde doença da população usuária dos serviços públicos de saúde. Houve o fomento do instrumental de notificação, ainda amplamente desconhecido pelos profissionais de saúde que fizeram parte da Educação Permanente.
Análise Crítica A violência continua fator que interfere diretamente as condições de existência e bem-estar da população em geral. Contudo, continua sendo uma temática amplamente negligenciada e não notificada pelas instituições públicas de saúde. Estas condutas estão amplamente ligadas aos sentimentos de medo e não vinculação com os usuários locais. Além disto, ainda encontramos barreiras nas estruturas das unidades que não possibilitam garantir o sigilo profissional e a escuta qualificada.
Conclusões e/ou Recomendações Conclui-se que os profissionais de saúde ainda possuem diversas resistências e desconhecimentos sobre o processo de notificação de violências. Ainda encontramos discursos que revelam o medo ou o distanciamento de tais temas. Contudo, construir espaços de diálogo, mostrou-se um instrumento de fortalecimento da equipe e de maior apropriação de temas que ainda continuam velados no cotidiano profissional.
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