Comunicações Orais Curtas

27/07/2018 - 08:00 - 09:50
COC32c - Violência urbana

28976 - HOMICÍDIOS NA CIDADE DE CAMPINAS/SP NO SÉCULO XXI
JOSÉ FERDINANDO RAMOS FERREIRA - UNICAMP


Apresentação/Introdução
A expansão da violência acentuou drasticamente um caldeirão de violência letal.
Os dados recentes sobre homicídios na cidade de Campinas está em consonância com o país e em mesmo período histórico podem indicar a presença deste novo agente de controle da violência letal e possível padronização das ações violentas.


Objetivos
Realizar análise descritiva do desenvolvimento da violência letal, dada por homicídios na cidade de Campinas, estado de São Paulo, entre os anos 2000 e 2015.


Metodologia
Pesquisa analítica descritiva dos homicídios utilizando-se o banco de dados da Secretaria Municipal de Saúde de Campinas e do Laboratório de Análise Espacial de Dados Epidemiológicos (epiGeo) da FCM/UNICAMP de 2000 a 2015 com a totalidade das informações de causas externas. As variáveis utilizadas para o estudo trazem o perfil da vítima, sexo, raça-cor, idade, escolaridade, estado civil e ocupação profissional. Utilizou-se da categoria estendida de homicídios, ou seja, o grupo de causas básicas de óbito decorrentes de homicídios, lesões infligidas pela polícia e lesões de intencionalidade ignorada ou não especificada, aos códigos X85 a Y35 (excetuando-se os códigos Y06 e Y07).


Resultados
Entre 2000 e 2015 houve 4.965 homicídios em Campinas/SP, sendo 90,65% homens e 9,35% entre mulheres; 57,7% entre brancos, 31,0% Pardos e 10,0% Negros. Jovens entre 16 e 24 anos representaram 16,06%; 1,13% possuía de 1 a 3 anos de estudo, 3,3% entre 4 e 7 anos de estudos. 72,31% das vítimas eram solteiras, 17,18% casados e 0,26% de união estável. Quanto à ocupação, 2.308 casos foram trabalhadores em serviços de reparação e manutenção contra 674 funcionários das forças armadas, policiais e bombeiros militares. Em 2005, há queda acentuada de homicídios; e existe correlação negativa forte e com significância estatística com diminuição do Coeficiente de Mortalidade Padronizado ao longo do tempo.


Conclusões/Considerações
O homicídio afeta a Saúde Pública e saúde mental da população. Em 85,54% das vítimas não há informações sobre a sua escolaridade; os homicídios encontram-se onde há maior deterioração das relações de produção; as pessoas mais vulneráveis têm laços familiares frágeis. Contudo, as medidas protetivas da Saúde devem considerar o possível surgimento de outros atores no controle da violência para além da segurança pública, sobretudo a partir de 2005.

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