26/07/2018 - 13:10 - 14:40 CO3d - Movimentos sociais, ambiente e saúde  | 
        
        
		  
					 
          				
						 24778 - DERMATOFITOSES ZOONÓTICAS E SAÚDE DA POPULAÇÃO DA COMUNIDADE INDÍGENA MANOÁ, RORAIMA ARTUR PIMENTEL - GOVERNO DO ESTADO DE RORAIMA, FABIOLA CHRISTIAN ALMEIDA DE CARVALHO - UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA, SILVANA TÚLIO FORTES - UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA
					
  
					Apresentação/Introdução Os fungos dermatófitos são os principais causadores de micoses superficiais na população humana e nos cães. Nas comunidades indígenas de Roraima é comum observarmos a presença de cães portadores de doenças de pele. Análises micológicas permitem a identificação de fungos queratinofílicos de solo e das amostras de cães capazes de causar micoses zoonóticas.
  
 	Objetivos O objetivo da pesquisa foi diagnosticar a ocorrência de fungos queratinofílicos no solo e/ou parasitando os cães da Comunidade Indígena Manoá, Terra Indígena Manoá-Pium, e conhecer os hábitos dos moradores quanto aos cuidados com os seus cães.
  
 	Metodologia Para isso foi delineada uma pesquisa experimental com: i) coleta de amostras de solo e de pelo e escamas de pele de cães; ii) interpretação de questionários aplicados durante entrevistas realizadas com Agentes Indígenas de Saúde e de Meio Ambiente, professores e proprietários de cães e; iii) descrição da observação participante na comunidade indígena Manoá. Foi utilizada uma abordagem metodológica quali-quantitativa, com dados descritivos de aspectos populacionais de espécies de fungos queratinofílicos do solo e de espécies de dermatófitos de cães. A análise dos fungos foi realizada no Laboratório de Micologia/Mestrado Profissional Ciências da Saúde, Universidade Federal de Roraima. 
  
 	Resultados As entrevistas mostraram que 90,9% professores e profissionais de saúde/ambiente acreditam que os cães trazem problemas para a comunidade. Ademais 56,67% dos cães amostrados estavam subalimentados e 90% dos cães não recebiam banho. Das amostras coletadas nos 30 cães sintomáticos, cresceram colônias fúngicas no material analisado de 28 animais amostrados (93,33%), e em todas as 3 amostras (100%) dos cães não sintomáticos. Nas amostras de solo, colônias fúngicas cresceram em 12 amostras (92,31%). Os fungos Chaetomium globosum, Curvularia lunata e Nigrospora sp. foram isolados apenas nos cães com dermatopatias. O Microsporum canis foi identificado como primeiro registro em solo de Roraima.
  
 	Conclusões/Considerações Nossos resultados mostraram que os moradores da comunidade Manoá encontram-se sob condições sanitárias precárias; que durante as atividades de pesquisa não observamos quaisquer ações para o controle e prevenção de antropozoonoses, mesmo diante de tão precária condição sanitária por que passam os cães e que; tanto a população humana quanto a de cães, estão vulneráveis à contaminação por fungos na Comunidade Indígena Manoá.
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