Comunicações Orais

27/07/2018 - 13:10 - 14:40
CO24b - Mãe Beata de Imenja: o cuidar, a atenção a saúde e o enfrentamento as violencias 

26810 - VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA CONTRA AS MULHERES NEGRAS: SILENCIO NA LITERATURA ACADÊMICA BRASILEIRA OU EXPRESSÃO DO RACISMO?
CAROLINE DE JESUS SOUZA - UFBA, MAGALI DA SILVA ALMEIDA - UFBA


Apresentação/Introdução
O trabalho analisa a violência obstétrica contra as mulheres negras na literatura acadêmica. Essa violência é uma expressão da violência de gênero, do racismo e da condição de classe. A partir de uma abordagem interseccional os resultados apontam para a um “silenciamento” do racismo na produção científica acerca da violência obstétrica contra as mulheres negras.


Objetivos
Analisar a dinâmica do racismo patriarcal no “silenciamento” da violência obstétrica contra mulheres negras;
Analisar a frequência das produções científicas sobre a violência obstétrica contra as mulheres negras em periódicos acadêmicos brasileiros;



Metodologia
Trata-se de pesquisa qualitativa de natureza bibliográfica, cujo o objeto são os artigos escritos em português disponíveis no Google Acadêmico, referentes a violência obstétrica contra as mulheres negras, delimitado entre 2010 e 2017. O recorte considerou a primeira legislação sobre violência obstétrica, em 2010 na Venezuela. A revisão da literatura sobre violência obstétrica, deu-se através da plataforma CAPES e do Google Acadêmico, e sua relação com a saúde da mulher negra, assim como a PNSIPN no SUS. Esta pesquisa foi realizada em três etapas do processo de trabalho científico em pesquisa bibliográfica: fase exploratória, tratamento e análise do material bibliográfico.


Resultados
Foram encontrados apenas 2 artigos sobre a violência obstétrica contra as mulheres negras um universo de aproximadamente 270 resultados, quando somadas às buscas no banco de dados da CAPES e Google Acadêmico. A análise de conteúdo desses artigos não responde ao problema investigativo. Nas produções encontradas os marcadores de gênero, raça e classe não foram trabalhados especificamente em nenhuma das duas produções. Essa ausência de tratar o racismo como determinante da saúde no campo da produção científica sobre violência obstétrica denunciou o “silenciamento”dessa ideologia de dominação na violação dos direitos reprodutivos das mulheres negras.


Conclusões/Considerações
Constatamos que a violência obstétrica contra as mulheres negras não é tema de interesse no campo da produção científica em saúde. Os resultados demonstram que essa violência não é pensada contra o corpo feminino negro. A ausência de reflexão da violência obstétrica contra as mulheres negras é expressão do racismo/sexismo na saúde que deve ser enfrentado no SUS através da PNSIPN.

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