Comunicações Orais Curtas

28/07/2018 - 08:00 - 09:50
COC24b - José Marmo da Silva: o Racismo e o impacto na vida das pessoas

21330 - ESTAMOS PESQUISANDO SOBRE A SAÚDE DA MULHER NEGRA?
DYANA HELENA DE SOUZA - UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

Apresentação/Introdução
Falar de racismo na particularidade brasileira deve incluir a questão das mulheres negras, pois são elas as mais afetadas pelas iniquidades raciais. A inserção da saúde da mulher negra como campo de pesquisa e como tema nos currículos de diferentes cursos ainda é baixa, sendo assim, pergunta-se: como está a produção de conhecimento referente à saúde da mulher negra nos periódicos nacionais?


Objetivos
O presente estudo teve como objetivo: analisar de que forma a produção de conhecimento sobre a saúde da mulher negra está inserida nos periódicos nacionais.


Metodologia
Utilizou-se como metodologia a revisão de literatura entre os periódicos disponíveis na biblioteca virtual SciELO, utilizando o descritor “SAUDE MULHER NEGRA”.”. Foram encontrados 19 resultados, sendo 18 artigos e uma resenha no período de 2004 a 2016. O período de realização da revisão de literatura ocorreu em dezembro de 2017.


Resultados
Seis artigos são referentes ao volume de uma Revista, que realizou a publicação a partir da realização de um Curso de Especialização em Saúde da Mulher Negra. Quatro artigos apontaram que as mulheres negras ainda são as mais afetadas por diferentes tipos de violência, e dois apontaram que elas são as que menos têm acesso a alguns procedimentos de alta complexidade no SUS. Seis artigos abordaram: fatores associados a não realização de mamografia; violência sexual feminina e questão racial; desigualdades raciais na mortalidade de mulheres negras e brancas; risco de mortalidade materna maior entre mulheres negras e, uma proposta de ação profissional afirmativa contra o racismo e o sexismo.


Conclusões/Considerações
A produção de conhecimento referente à saúde da mulher negra ainda é baixa se comparada a outras áreas. Há necessidade de realização de ações em todos os níveis de atenção à saúde, pois em todos eles as iniquidades raciais e de gênero estão presentes. Recomenda-se a continuidade de pesquisas sobre saúde da mulher negra, para impulsionar a produção de evidências e estratégias do combate ao racismo com participação ativa das mulheres negras.

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