28/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC24b - José Marmo da Silva: o Racismo e o impacto na vida das pessoas  | 
        
        
		  
					 
          				
						 24511 - QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES HIV/AIDS POSITIVOS:  MEDINDO FATORES DE DESIGUALDADE EHIDEE ISABEL GOMEZ LA-ROTTA - UNICAMP, FRANCISCO HIDEO AOKI - UNICAMP, PEDRO HENRIQUE DE FARIA - UNICAMP, FILIPE ALEXANDRE PEREIRA - HC-UNICAMP, KEICYANE GAMBERO - HC-UNICAMP, MIRLA RANDY BRAVO FERNANDEZ - UNICAMP, LEIDY ERAZO CHAVEZ - UNICAMP, APARECIDA DO CARMO MIRANDA CAMPOS - UNICAMP E HC-UNICAMP, MARIA RITA DONALISIO CORDEIRO - UNICAMP
					
  
					Apresentação/Introdução Novas infecções pelo HIV caíram 35% desde 2000 (58% entre crianças) e as mortes relacionadas com HIV/Aids diminuíram 42% desde 2004.  Portanto o número de pessoas vivendo com HIV/Aids aumentou, devido à maior sobrevida pelo acesso ao tratamento antirretroviral. Porém, a cura ainda não é possível e o tratamento prolongado associa-se a diversos efeitos adversos que impactam na qualidade de vida. 
  
 	Objetivos Avaliar a Qualidade de Vida e fatores associados em coorte de pacientes de etnia negra com HIV/Aids quando comparados com pacientes brancos tratados em hospital de referência; e descrever as diferenças da qualidade de vida. 
  
 	Metodologia Realizamos estudo transversal com 350 pacientes com HIV/AIDS em seguimento nos ambulatórios de Moléstias Infecciosas de Hospital público universitário. Os dados foram obtidos por meio de entrevistas utilizando questionário semi-estruturando contendo escala de Qualidade de Vida (QV)-36-HAT-QoL, validado para o português brasileiro.  Foram calculadas as proporções e porcentagens das variáveis categóricas e as medidas de tendência central e de dispersão para as variáveis contínuas, comparando os grupos com os testes de qui-quadrado e teste t-student, respectivamente. Para avaliar os fatores associados a QV realizou-se correlação de Pearson. 
  
 	Resultados A média (DP) de idade foi de 45,39 (13,1) anos, 53,5% eram homens, 53,8% Pretos/Pardos, e 49,4% sofreram algum tipo de preconceito em especial pela doença (36%). O 67,6% tem última dosagem de CD4 menor de 500 e 88,9% tinham Carga Viral indetectável. Sobre a QV o coeficiente de Alfa de Cronbach da escala foi de 0,918, com escore geral de 72,44. Os domínios com mais baixo escore foram: revelar a doença (39,2) e as preocupações financeiras (66,7), os outros domínios tiveram escores maiores de 80. Raça se correlacionou com os domínios de sigilo (0,002) e confiança com os profissionais. Ao avaliar acesso ao tratamento do HIV os pacientes de raça/cor preta/parda chegam seguindo o fluxo da rede do SUS.
  
 	Conclusões/Considerações Evidenciou-se significativa referência pelos pacientes de preconceito relacionado à infecção pelo HIV seguido pelo preconceito pela cor da pele. Os domínios sobre revelar a doença (sigilo) e a confiança com os profissionais correlacionaram-se com raça/cor referida. Os pacientes pretos e pardos apresentam mais medo de revelar que são soropositivos referindo já ter sofrido racismo, embora demonstrassem maior confiança nos médicos.
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