28/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC24b - José Marmo da Silva: o Racismo e o impacto na vida das pessoas |
25012 - RACISMO E ATENÇÃO BÁSICA: O RELATO DE UMA EDUCAÇÃO EM SAÚDE VICK BRITO OLIVEIRA - NASF RECIFE, ADRIANA LOBO JUCÁ - NASF RECIFE, CARLA CAROLINE SILVA DOS SANTOS - NASF RECIFE, KALLIANNY SILVA MAGALHÃES - NASF RECIFE, ISABELLE DINIZ CERQUEIRA LEITE - NASF RECIFE, THAIS CAMILLE ALVES GONÇALO - NASF RECIFE, ANDRESA PAULA FERREIRA DE MELO - NASF RECIFE, EDVALDO DIAS DE OLIVEIRA - EQUIPE SAÚDE DA FAMÍLIA - RECIFE
Período de Realização A experiência aconteceu no mês de novembro de 2017 – mês da Consciência Negra
Objeto da Experiência Educação em saúde sobre racismo proposta por uma equipe do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) com uma equipe de Saúde da Família (eSF)
Objetivos O presente relato objetiva problematizar raça e racismo na unidade de saúde, a partir dos dados sobre a situação da pessoa negra no Brasil. A experiência foi planejada e desenvolvida com o intuito de trazer a luz a relação racismo e saúde.
Metodologia Realizou-se uma atividade de educação em saúde com os profissionais da equipe Saúde da Família, Nasf e 18 usuários do serviço. Com 10 dias de antecedência foram distribuídas pela unidade de saúde cartazes sobre a situação da pessoa negra no Brasil, apresentando dados sobre a porcentagem de pessoas negras no país, nas universidades, desemprego, faixa de renda, conclusão do ensino médio e a proporção de morte por armas de fogo entre pessoas brancas e negras.
Resultados Notou-se a mobilização na unidade de saúde desde a fixação dos cartazes na unidade. A atividade foi articulada para o dia da Consciência Negra e foi iniciada apresentando o motivo da atividade e a representação histórica e simbólica da data. Os dados descritos nos cartazes foram discutidos com as pessoas que estavam na unidade, experiências pessoais e coletivas foram expostas, com destaque para a discussão entre raça , violência, desigualdade social e desdobramentos para saúde mental.
Análise Crítica A atividade possibilitou refletir o espaço da USF como lugar para acolher e debater questões intrinsecamente relacionadas ao racismo vivenciado na comunidade de cobertura da eSF. Oportunizou discutir sobre questões coletivas e a necessidade de articulação social para lidar com problemas que são estruturais e percorrem o cotidiano da comunidade e serviços. A participação dos agentes comunitários de saúde foi fundamental para articular a temática com a história e estruturação da comunidade.
Conclusões e/ou Recomendações A atividade despertou a importância de tornar cotidiano espaços de discussão com a comunidade sobre a temática, além de entender a transversalidade dessa discussão no fazer dos serviços de saúde. Cabe destacar a importância de estender o debate para as equipes de saúde da família, destacando a necessidade de uma análise crítica do racismo como marcador para compreender a relação saúde/doença e desigualdade social.
|