27/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC1b - Avaliação de atenção aos pacientes com câncer |
24549 - MULHERES COM CÂNCER DE MAMA: ESTRATÉGIAS E MECANISMOS DE PROTEÇÃO SOCIAL THAISLAYNE NUNES DE OLIVEIRA - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO, MÔNICA DE CASTRO MAIA SENNA - UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE - UFF
Apresentação/Introdução O câncer de mama é o mais comum entre as mulheres a partir dos 50 anos de idade, mas paulatinamente vem aumentando o número de casos a partir dos 35 anos. Estudos revelam que esse tipo de câncer corresponde a 25% dos casos novos a cada ano, apresentando-se como a maior causa de mortes no mundo entre as mulheres (INCA, 2017).
Objetivos Analisar os caminhos percorridos e as estratégias desenvolvidas por mulheres com câncer de mama, com diferentes perfis econômicos e sociais, para acessarem os serviços de saúde e darem sequência ao tratamento.
Metodologia Pesquisa de natureza qualitativa, realizada por meio de entrevistas semiestruturadas com dez mulheres diagnosticadas com câncer de mama. Procedeu-se à análise de conteúdo, do tipo temático, enfatizando-se três dimensões centrais: (a) acesso aos serviços de saúde; (b) rede social de apoio; e (c) oferta e utilização de programas e políticas sociais. Realizaram-se entrevistas com mulheres acompanhadas em um hospital geral público, habilitado como Unidade de Alta Complexidade em Oncologia, e em uma organização não governamental (ONG), constituída por mulheres com diagnóstico de câncer de mama e profissionais voluntários, cuja missão é promover acolhimento e apoio às mulheres após o diagnóstico.
Resultados Avaliamos indicadores: composição familiar, escolaridade, profissão, renda, cor, entre outros, aspectos que demonstraram as estratégias e mecanismos diferenciados de proteção social no que tange o acesso ao diagnóstico, tratamento e recuperação da doença. As mulheres vinculadas ao hospital público apresentam estadiamento mais avançado e estão em situação de maior desvantagem socioeconômica quando comparadas às mulheres vinculadas à ONG. Além disso, evidencia-se a escassez de políticas públicas próprias do contexto histórico, consequentemente a família constitui a principal rede de proteção social à disposição das mulheres, mas com limites importantes em termos de sua capacidade protetiva.
Conclusões/Considerações Deste modo, os achados da pesquisa apontam para a necessidade de ainda percorrer um longo percurso na direção de consolidação do direito à saúde como parte dos direitos sociais, sobretudo se considerado o atual contexto histórico vivido no país, em que os ganhos sociais duramente conquistados pela sociedade brasileira desde a Constituição Federal de 1988 encontram-se seriamente ameaçados.
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