27/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC1d - Pesquisa em DCNT 1 |
23696 - SINTOMAS DEPRESSIVOS E FUNCIONALIDADE EM IDOSOS DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA DE PORTO ALEGRE. DOUGLAS NUNES STAHNKE - PUCRS, RENATA BREDA MARTINS - PUCRS, JOÃO HENRIQUE CORREA KANAN - UFRGS, MARA REGINA KNORST - PUCRS, IRENIO GOMES DA SILVA FILHO - PUCRS, THAIS DE LIMA RESENDE - PUCRS
Apresentação/Introdução A depressão reduz a qualidade de vida e a capacidade funcional de idosos. O crescimento acelerado da população idosa brasileira, associado ao aumento da prevalência de incapacidades funcionais e doenças crônicas, tais como a depressão, geram alto impacto nas políticas públicas de saúde e sociais, o qual demanda readequação do modelo atual para que se possa dar adequada assistência aos idosos.
Objetivos Determinar a prevalência de sintomas depressivos e a sua relação com aspectos funcionais, sociodemográficos e antropométricos de idosos da Estratégia Saúde da Família de Porto Alegre/RS.
Metodologia Este estudo transversal, descritivo e analítico foi desenvolvido prospectivamente em amostra aleatória e estratificada de 30 unidades de saúde, representativas dos oito distritos sanitários do município. Em entrevistas individuais realizadas por equipe multiprofissional, foram coletadas as seguintes variáveis: idade, faixa etária, sexo, estado civil, escolaridade, peso, altura, índice de massa corporal (IMC), aspectos funcionais (Teste do senta/levanta, força de preensão manual e tempo para caminhar 10m), atividade básicas (ABVD; índice de Katz) e instrumentais de vida diária (AIVD; escala de Pfeffer) e presença de sintomas depressivos (Escala de Depressão Geriátrica - GDS-15).
Resultados Os resultados referem-se a uma amostra de 509 casos, com predomínio de mulheres (65,8%) com até 69 anos (63,6%), que não convivem maritalmente (63%), apresentam baixa escolaridade (67,6%), sobrepeso/obesidade (57%) e não apresentaram sintomas de depressão (64,6%). Após Regressão Logística Binária (6 etapas), foram identificados como preditores de sintomas depressivos: sexo feminino (OR: 2,87; p=0,012); analfabetismo (OR: 2,13; p=0,009); baixa escolaridade (OR: 1,23; p=0,039); menor força de membros inferiores (Teste do Senta/levanta; OR: 0,89; p=0,004); menor força de preensão manual (OR: 0,95; p<0,001) e dependência em AIVD (OR: 4,03; p=0,002).
Conclusões/Considerações Ainda que a amostra tenha predominância de idosos que não apresentam sintomas de depressão, a prevalência de sintomas depressivos foi alta. Mulheres analfabetas ou com baixa escolaridade, com dificuldades em AIVD e menor força muscular em membros inferiores e superiores devem ser investigadas quanto à presença de sintomas depressivos, posto que foram identificadas como estando em risco de apresentá-los.
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