29/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC12j - HIV/AIDS e co-infecção TB/HIV  | 
        
        
		  
					 
          				
						 24840 - COMPORTAMENTO REPRODUTIVO DE MULHERES VIVENDO COM HIV/AIDS NO MUNICÍPIO DE  PORTO ALEGRE, RS. MARSAM ALVES DE TEIXEIRA - UFRGS, EVELIN MARIA BRAND - UFRGS, KAREN DA SILVA CALVO - UFRGS, FLAVIA BULEGON PILECCO - UFRGS, ALVARO VIGO - UFRGS, DANIELA RIVA KNAUTH - UFRGS, EMERSON SILVEIRA DE BRITO - UFRGS, LUCIANA BARCELLOS TEIXEIRA - UFRGS
					
  
					Apresentação/Introdução O avanço na prevenção e no tratamento do HIV modificou a perspectiva
 de vida das PVHA, impactando na expectativa reprodutiva e levando ao aumento de
 desejo da maternidade entre as MVHA. Frente a heterossexualização e feminização da
 epidemia, dá-se a preocupação com as questões reprodutivas em virtude dos riscos de
 complicações na gestação, transmissão vertical e abortos.
  
 	Objetivos Analisar o comportamento reprodutivo de mulheres vivendo com
 HIV/AIDS no município de Porto Alegre, RS.
  
 	Metodologia Estudo transversal com mulheres de 18 a 49 anos vinculadas à rede pública de
 saúde, cujo cálculo amostral definiu a necessidade mínima de inclusão de 1230
 mulheres, sendo 615 MVHA advindas de serviços especializados, e 615 mulheres sem o
 diagnóstico de HIV e acompanhadas na AB. Usou-se o teste de homogeneidade de
 proporções baseado na estatística de qui-quadrado de Pearson ou Fisher ao nível de
 significância de 5%. O software SPSS foi utilizado para as comparações brutas e o
 software STATA para produzir a ponderação de respostas das mulheres divididas nos
 dois grupos. O projeto foi aprovado pelos Comitês de Ética das instituições envolvidas,
 e sua execução foi financiada pelo CNPq.
  
 	Resultados Entre as MVHA a gestação foi o principal motivo para a realização do
 exame Anti-HIV (34,3%). A maioria (92,4%) informou já ter estado grávida, e 21,6%
 delas teve 5 ou mais gestações, sendo que somente 34,3% das gestações foram
 planejadas. A maioria (85,6%) engravidou antes do diagnóstico, e 47,3% após o
 diagnóstico, entre estas, 32,2% não queriam engravidar e 79,8% usou ARV durante a
 primeira gestação após o diagnóstico. A primeira gestação ocorreu com 19 anos ou
 menos em 62,2% das MVHA. Em relação aos motivos de não querer ter filho ou mais
 filhos, 41,8% delas mencionaram como causa a infecção pelo HIV/ por medo. Os
 resultados correspondem a dados parciais da pesquisa.
  
 	Conclusões/Considerações A maioria dos diagnósticos ocorrem durante a gestação,
 necessitando-se estimular a percepção das mulheres em relação ao seu comportamento
 de risco e assim ampliar a prevenção e o diagnóstico precoce. A reprodução é
 frequentemente observada entre as MVHA, no entanto, sugere-se que esta ocorra num
 cenário de vulnerabilidade já que a maioria não é planejada. Aponta-se a necessidade de
 profissionais capacitados para o planejamento familiar de MVHA.
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