28/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC12g - HIV/AIDS |
24739 - PESSOAS VIVENDO COM HIV/AIDS: A ADESÃO À TERAPIA ANTIRRETROVIRAL E SUA ASSOCIAÇÃO COM A RENDA FAMILIAR ISABÔ ÂNGELO BESERRA - IAM/FIOCRUZ - PE, MARIA ISABELLE BARBOSA DA SILVA BRITO - IAM/FIOCRUZ - PE, JÉSSICA EMANUELA MENDES MORATO - FENSG/UPE, LAYS HEVÉRCIA SILVEIRA DE FARIAS - IAM/FIOCRUZ- PE, JESSYRAYANNE MAYALLE DE OLIVEIRA BARBOSA - FENSG/ UPE, ADRIANA VITORINO ARRUDA - HUOC/UPE, REGINA CÉLIA DE OLIVEIRA - FENSG/UPE, YURI CARLOS TIETRE DE ARAÚJO - INSTITUTO FEDERAL DE PERNAMBUCO CAMPUS IGARASSU, ALINE CLEMENTE DE ANDRADE - INSTITUTO FEDERAL DE PERNAMBUCO CAMPUS JABOATÃO DOS GUARARAPES, UKELLYSON DOUGLAS LIMA DA SILVA - INSTITUTO FEDERAL DE PERNAMBUCO CAMPUS JABOATÃO DOS GUARARAPES
Apresentação/Introdução Segundo o Ministério da Saúde, em 2015, cerca de 455 mil pessoas vivendo com HIV/Aids no Brasil estavam em tratamento antirretroviral, contudo, para o sucesso desta terapêutica, se faz imprescindível que as pessoas em tratamento mantenham uma adesão regular aos antirretrovirais, o que configura em uma necessidade de vigilância efetiva a respeito da tomada dos medicamentos.
Objetivos O estudo teve como objetivo verificar a associação entre a adesão à terapia antirretroviral (TARV) e a renda familiar de adultos na rede ambulatorial.
Metodologia Estudo quantitativo, descritivo, observacional e transversal, realizado em dois serviços de assistência especializada em HIV/Aids, em Recife e Região Metropolitana de Pernambuco, Brasil. Participaram 166 pacientes adultos que estavam em Terapia Antirretroviral (TARV), realizando tratamento entre julho e setembro/2015. Excluíram-se os portadores de deficiência mental, as gestantes e as pessoas em uso de TARV com menos de 12 meses de uso. Foram utilizados dois questionários, sendo um para os dados socioeconômicos e outro para verificar o nível (bom, regular e baixo) de adesão sobre a TARV. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisas HUOC/PROCAPE.
Resultados Dos participantes, 63,9 eram do gênero feminino, 45,2% estavam na faixa etária de 40 a 60 anos e 57,2% se autodeclaram da raça/cor parda. Quanto à renda, 54,2% dos pacientes, possuíam renda menor ou igual a um salário mínimo. No contexto de adesão à TARV, 79,5% apresentou uma adesão regular/baixa, configurando em um nível não satisfatório para a manutenção de carga viral indetectável na circulação sanguínea. Foi identificada uma associação significativa (p < 0,05) entre o nível de adesão à TARV e a renda familiar, o percentual com boa adesão foi mais elevado entre os que tinham renda familiar com 4 ou mais salários mínimos (40,9%).
Conclusões/Considerações A não adesão é portanto um desafio e uma ameaça tanto para a saúde individual como para a Saúde Pública. Mesmo com a distribuição gratuita dos medicamentos, alguns fatores ainda impedem o acesso universal como o estigma e preconceito. Se faz importante que os profissionais que atuam prestando assistência às pessoas em uso de TARV considerem os fatores relacionados a renda e que podem interferir em uma adesão adequada e segura.
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